São Paulo, quarta-feira, 28 de outubro de 2009

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TERROR

Insegurança em Bagdá une rivais no Parlamento iraquiano

DA REUTERS, EM BAGDÁ

Políticos culparam as forças de segurança pelos piores atentados a bomba ocorridos no Iraque em dois anos, e um grupo ligado à Al Qaeda reivindicou o ataque, que deixou 155 mortos no domingo.
Dois ataques em grande escala nos últimos dois meses puseram em xeque a capacidade do nascente aparelho de segurança iraquiano de garantir a segurança no país desde a saída das tropas dos EUA das cidades, em junho. A retirada completa é prevista para 2011.
Os partidos políticos iraquianos, que medem força antes das eleições parlamentares marcadas para janeiro, se uniram nas críticas aos serviços de segurança.
O governador da Província de Bagdá, Salah Abdul-Razzaq, as acusou de se esconderem atrás dos muros de complexos fortificados, em lugar de garantir a segurança.
"Se não conseguem nos proteger, vamos nos proteger com nossos próprios meios", disse o colega do premiê Nuri al Maliki no partido Dawa. A sigla pediu a renúncia do ministro do Interior e do chefe de operações de segurança na capital.
Não foi a única controvérsia envolvendo políticos. O Parlamento está em impasse em relação a como o pleito deve ser feito na cidade de Kirkuk (norte), uma região rica em petróleo que é reivindicada pelos curdos étnicos como sua pátria ancestral.
Parlamentares rejeitaram uma proposta apresentada por um conselho de alto nível que inclui Maliki e o presidente Jalal Talabani.
Especialistas em segurança citam a desorganização e rivalidade internas entre as Forças Armadas iraquianas, a inteligência e as forças policiais como causas subjacentes dos lapsos de segurança.
Maior aliança xiita local, Aliança Nacional Iraquiana, que vai desafiar Maliki na eleição, cobrou fiscalização parlamentar dos serviços de inteligência e a reavaliação da segurança nas fronteiras.


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