|
Texto Anterior | Índice
TERROR
Insegurança em Bagdá une rivais no Parlamento iraquiano
DA REUTERS, EM BAGDÁ
Políticos culparam as forças de segurança pelos piores
atentados a bomba ocorridos
no Iraque em dois anos, e um
grupo ligado à Al Qaeda reivindicou o ataque, que deixou 155 mortos no domingo.
Dois ataques em grande
escala nos últimos dois meses puseram em xeque a capacidade do nascente aparelho de segurança iraquiano
de garantir a segurança no
país desde a saída das tropas
dos EUA das cidades, em junho. A retirada completa é
prevista para 2011.
Os partidos políticos iraquianos, que medem força
antes das eleições parlamentares marcadas para janeiro,
se uniram nas críticas aos
serviços de segurança.
O governador da Província
de Bagdá, Salah Abdul-Razzaq, as acusou de se esconderem atrás dos muros de complexos fortificados, em lugar
de garantir a segurança.
"Se não conseguem nos
proteger, vamos nos proteger com nossos próprios
meios", disse o colega do premiê Nuri al Maliki no partido
Dawa. A sigla pediu a renúncia do ministro do Interior e
do chefe de operações de segurança na capital.
Não foi a única controvérsia envolvendo políticos. O
Parlamento está em impasse
em relação a como o pleito
deve ser feito na cidade de
Kirkuk (norte), uma região
rica em petróleo que é reivindicada pelos curdos étnicos
como sua pátria ancestral.
Parlamentares rejeitaram
uma proposta apresentada
por um conselho de alto nível que inclui Maliki e o presidente Jalal Talabani.
Especialistas em segurança citam a desorganização e
rivalidade internas entre as
Forças Armadas iraquianas,
a inteligência e as forças policiais como causas subjacentes dos lapsos de segurança.
Maior aliança xiita local,
Aliança Nacional Iraquiana,
que vai desafiar Maliki na
eleição, cobrou fiscalização
parlamentar dos serviços de
inteligência e a reavaliação
da segurança nas fronteiras.
Texto Anterior: Tensão nuclear: Irã pedirá mudanças em acordo de enriquecimento de urânio Índice
|