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São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 2003

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Visita só foi divulgada após seu término

DA REDAÇÃO

A viagem-surpresa do presidente George W. Bush a Bagdá foi marcada por um raro sigilo. Apenas dez jornalistas -cinco repórteres e cinco fotógrafos- acompanharam a visita, e a imprensa só pôde divulgar a notícia quando o avião presidencial já voltava a Washington. Se a informação vazasse antes do previsto, a viagem seria cancelada, disse o governo.
Para despistar a imprensa, a Casa Branca chegou até a divulgar o menu que Bush degustaria com a família em seu rancho em Crawford, no Texas. A primeira-dama, Laura, só teria sido avisada da viagem no próprio dia, quarta-feira. O ex-presidente George Bush chegou a viajar até o rancho para jantar com o filho no Dia de Ação de Graças -que celebra a primeira colheita pelos colonizadores britânicos e é um dos feriados mais importantes dos EUA, tradicionalmente celebrado em família com uma farta refeição.
Dentro da Casa Branca, só foram informados o vice-presidente, Dick Cheney, a assessora de Segurança Nacional, Condoleezza Rice (que viajou com ele), e o chefe de gabinete, Andrew Card. Segundo o governo, a operação foi planejada durante semanas.
Os procedimentos de segurança foram reforçados após o ataque a mísseis que causou um pouso forçado no fim de semana de um avião da empresa de entrega DHL no aeroporto de Bagdá.
Bartlett disse que Bush deixou o rancho pelos fundos, em carro não identificado e sem sua escolta costumeira. De Crawford, seguiu ao aeroporto de Waco. Partiu no Air Force One, o avião presidencial, para a base de Andrews, onde trocou de avião e esperou pelo embarque de alguns assessores e dos jornalistas. Depois de cerca de 13 horas de viagem com as luzes do avião apagadas, chegou a Bagdá -onde, com o fuso horário, já era noite de ontem.
Desde que Richard Nixon foi ao Vietnã, em 1969, nenhum presidente americano havia estado em uma zona de conflito.


Com agências internacionais

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