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PROTESTO
Zephaniah reclama de apoio britânico à Guerra do Iraque e imperialismo
Poeta rejeita medalha da rainha
DA REDAÇÃO
O poeta anglo-jamaicano
Benjamin Zephaniah rejeitou
publicamente ontem uma condecoração que lhe seria concedida pela rainha Elizabeth 2ª em
protesto pela Guerra do Iraque e
pelos "anos de brutalidade" do
Império Britânico.
"Eu fico irritado quando ouço
a palavra "império". Ela me lembra escravidão, anos de brutalidade", escreveu no jornal "The
Guardian" o escritor rastafári de
48 anos ao justificar sua recusa
em se tornar oficial da Ordem
do Império Britânico.
Zephaniah disse que nada tem
contra a rainha e que seu problema é com o primeiro-ministro
britânico, Tony Blair. A indicação de seu nome foi feita pelo
governo, que todo ano faz uma
lista de pessoas que merecem
ser destacadas e a envia à rainha
para aprovação.
"Você não me engana, sr.
Blair. Você quer privatizar todos
nós, você quer nos mandar à
guerra. Você fica quieto quando
precisamos que fale por nós,
preferindo ser a voz dos EUA",
escreveu o poeta em seu artigo.
Zephaniah afirmou que não
entendia por que fora escolhido
por seus serviços à literatura.
"Existem vários escritores melhores. Por que eles não me premiam por meu trabalho em defesa dos animais ou pela minha
luta contra o racismo?"
A maior parte dos que recusam a honraria o faz de maneira
privada. Uma rejeição de destaque tornada pública foi a do cineasta Ken Loach. Em 1969,
John Lennon devolveu sua medalha de membro da Ordem do
Império Britânico para protestar contra a posição britânica na
Guerra do Vietnã e na guerra civil da Nigéria.
Com agências internacionais
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