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ORIENTE MÉDIO
Israelense faz gesto de aproximação com palestinos
DO "NEW YORK TIMES"
O premiê israelense, Ehud
Olmert, tentando reforçar o
frágil cessar-fogo que está
em vigor na faixa de Gaza,
ofereceu aos palestinos uma
série de incentivos caso renunciem à violência. Havia
pouco de novo no discurso
de Olmert. Mas o momento
da oferta foi importante,
porque tanto o líder israelense quanto Mahmoud Abbas,
presidente da Autoridade
Nacional Palestina (ANP),
estão ávidos por reforçar
suas posições e pôr fim a um
ciclo sangrento de violência.
Olmert discursou dois dias
antes da data marcada para a
visita do presidente Bush à
Jordânia. A secretária de Estado, Condoleezza Rice, pode ir a Israel, depois da Jordânia, para tentar solidificar
a frágil reaproximação de
Abbas e Olmert.
No discurso, Olmert pediu
aos palestinos que abandonem a resistência armada.
"Vocês, o povo palestino, estão hoje diante de uma escolha histórica", disse. Se os palestinos conseguirem formar
um novo governo de união
que reconheça Israel, e se
eles libertarem um soldado
israelense prisioneiro, completou, ele responderia libertando centenas de prisioneiros palestinos, reduzindo os
postos de controle em território palestinos e avançando
em direção a uma nova retirada de colonos israelenses
da Cisjordânia.
Olmert prometeu que Israel também liberaria para a
ANP os US$ 50 milhões
mensais em impostos e tarifas que Israel recolhe em nome dos palestinos mas vem
retendo, sob o argumento de
que o Hamas, que está à frente do gabinete palestino desde que venceu as eleições de
janeiro, é um grupo terrorista. O total retido soma mais
de US$ 500 milhões.
Mas todas essas medidas,
que essencialmente têm por
objetivo promover a confiança mútua, ficam bem aquém
das sérias negociações necessárias para a solução de
um conflito iniciado há quase 60 anos.
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