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Bush quer maior presença da Otan no Afeganistão
Reunião da aliança militar também discutirá em Riga mais gastos com a defesa
Estados Unidos e direção da
aliança ainda proporão que
que alemães possam lutar
em áreas afegãs em que o
Taleban age com freqüência
DA REDAÇÃO
Os Estados Unidos pressionarão os 25 outros governantes
de países da Otan (Organização
do Tratado do Atlântico Norte),
que participam de reunião de
cúpula a partir de hoje em Riga,
na Letônia, a reforçarem ou iniciarem suas presenças no Afeganistão.
A organização militar ocidental, que na Guerra Fria reunia a Europa Ocidental face ao
bloco socialista, então liderado
pela União Soviética, ampliou-se com a adesão de países do
Leste Europeu e hoje, depois de
intervir nos conflitos étnicos
dos Bálcãs, tem como prioridade o combate ao terrorismo e
evitar a aparição de arsenais de
destruição em massa.
O presidente George W.
Bush ainda pedirá que os países-membros aumentem seus
gastos militares para atingir a
meta de 2% do PIB, fixada pela
Otan. Hoje, só os próprios EUA
e mais a Turquia, Grécia, Bulgária, França, Reino Unido e Romênia gastam mais que isso.
A agência Reuters informa
que a Alemanha, Espanha, Itália e França deverão ser pressionadas para que seus contingentes sejam deslocados para o
sul do território afegão, onde
são mais freqüentes e sangrentos os confrontos com o Taleban, grupo extremista islâmico
deposto em 2001 por abrigar
bases da Al Qaeda.
Para o Pentágono, os países
presentes no Afeganistão devem remover as restrições que
os impedem de operar em determinada área ou participar
de certos combates.
Mais de 150 militares da
Otan foram mortos este ano em
confrontos com o grupo islâmico. São sobretudo americanos,
britânicos, canadenses e holandeses. Há 32 mil combatentes
ocidentais naquele país muçulmano, dos quais 12 mil dos Estados Unidos.
Em Berlim, a chanceler Angela Merkel disse que os 2.800
militares de seu país têm uma
atuação circunscrita por mandado parlamentar.
Foi sobretudo em razão dessas restrições que o secretário-geral da Otan, o holandês Jaap
de Hoop Scheffer, sugeriu que
as limitações fossem suspensas, para permitir, por exemplo, que os soldados alemães
também saíssem em missão no
período noturno.
O general James Jones, comandante supremo aliado no
Afeganistão, disse em outubro,
em conferência em Washington, que essas restrições, em
torno de 50, são "um impacto
operacional" a ser removido.
Uma das sugestões partirá da
França. O presidente Jacques
Chirac proporá a criação de um
grupo de contatos para que o
comando militar no Afeganistão atue coordenado com grupos ou organizações (Banco
Mundial, ONU) que participam
da reconstrução do país. Há entre eles a percepção de que o
Taleban tem ampliado sua influência, e que o presidente Hamid Karzai mantém o controle
apenas da capital, Cabul.
Força rápida
A reunião de Riga também
servirá, segundo a Associated
Press, para que os 26 Estados-membros decidam se levarão
adiante o plano de criação um
grupo de elite de 25 mil homens, capazes de rápidas operações de intervenção.
Essa força foi sugerida pelo
Pentágono em 2002. Ela implica a articulação de forças terrestres, aéreas e de fuzileiros
navais para missões humanitárias, em caso de catástrofes, ou
para "pacificar" forças localizadas em confronto.
Com agências internacionais
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