São Paulo, domingo, 28 de dezembro de 2008

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Paquistão diz não desejar guerra contra indianos

DA REDAÇÃO

O Paquistão reiterou hoje que não deseja uma guerra e que fará uso de força apenas se for atacado, um dia após ter deslocado para fronteira indiana 20 mil soldados antes estacionados perto do Afeganistão.
"Não queremos lutar, não queremos uma guerra, não queremos uma agressão com nossos vizinhos", disse o premiê Yousuf Raza Gilani em um discurso transmitido pela TV -acrescentando que suas tropas estão prontas para responder a qualquer ataque indiano.
O chanceler da Índia, Pranab Mukherjee, disse que o Paquistão está criando uma "histeria de guerra". "Faço um apelo aos líderes paquistaneses: não criem tensões desnecessárias", afirmou. "Não tentem fugir do assunto. Um problema tem de ser resolvido cara a cara."
O "problema" é que a Índia responsabiliza pelos ataques terroristas em Mumbai, que deixaram 172 mortos há um mês, o grupo islâmico paquistanês Lashkar-e-Taiba, já proscrito, mas com um histórico de ligações com o serviço secreto do Paquistão.
Após os atentados, Islamabad lançou operações contra o LeT e prendeu alguns de seus líderes. Mas as ações não aplacaram as pressões de Nova Déli.
Apesar da movimentação de tropas e das hostilidades retóricas, analistas consideram improvável que a situação se deteriore a ponto de precipitar um novo conflito armado.
A última vez em que Índia e Paquistão estiveram à beira de uma guerra foi após o atentado ao Parlamento indiano, em Nova Déli, em 2001.


Com agências internacionais


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