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Paquistão diz não desejar guerra contra indianos
DA REDAÇÃO
O Paquistão reiterou hoje
que não deseja uma guerra e
que fará uso de força apenas se
for atacado, um dia após ter
deslocado para fronteira indiana 20 mil soldados antes estacionados perto do Afeganistão.
"Não queremos lutar, não
queremos uma guerra, não
queremos uma agressão com
nossos vizinhos", disse o premiê Yousuf Raza Gilani em um
discurso transmitido pela TV
-acrescentando que suas tropas estão prontas para responder a qualquer ataque indiano.
O chanceler da Índia, Pranab
Mukherjee, disse que o Paquistão está criando uma "histeria
de guerra". "Faço um apelo aos
líderes paquistaneses: não
criem tensões desnecessárias",
afirmou. "Não tentem fugir do
assunto. Um problema tem de
ser resolvido cara a cara."
O "problema" é que a Índia
responsabiliza pelos ataques
terroristas em Mumbai, que
deixaram 172 mortos há um
mês, o grupo islâmico paquistanês Lashkar-e-Taiba, já proscrito, mas com um histórico de
ligações com o serviço secreto
do Paquistão.
Após os atentados, Islamabad lançou operações contra o
LeT e prendeu alguns de seus
líderes. Mas as ações não aplacaram as pressões de Nova Déli.
Apesar da movimentação de
tropas e das hostilidades retóricas, analistas consideram improvável que a situação se deteriore a ponto de precipitar um
novo conflito armado.
A última vez em que Índia e
Paquistão estiveram à beira de
uma guerra foi após o atentado
ao Parlamento indiano, em Nova Déli, em 2001.
Com agências internacionais
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