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Hoje com menor peso eleitoral, reduto da velha geração cubana vai de Giuliani
DO ENVIADO A MIAMI
A Calle Ocho é Rudolph Giluliani desde criancinha. A maioria dos freqüentadores da rua
mais freqüentada de Little Havana, como é conhecido o bairro de predominância cubano-americana do centro de Miami, vem demonstrando seu apoio
ao ex-prefeito de Nova York em
faixas, festas e encontros.
Nos últimos dias, Giuliani fez
aparições freqüentes nos restaurantes e entidades que se espalham pela rua e adjacências.
É o caso do Café Versailles, onde é recebido aos gritos de
"Rudy! Rudy!". O lugar, espécie
de prefeitura informal da região, tem até um grupo: os
"amigos de Rudy Giuliani", comandado pelo proprietário, Felipe Valls, um doador da campanha do ex-prefeito.
O problema é que a Calle
Ocho tem cada vez menos peso
nas eleições da Flórida. Há 3
milhões de hispânicos no Estado. Desses, 400 mil são cubanos-americanos e moram no
sul, em Miami e adjacências.
Em Little Havana, estão concentradas a primeira e a segunda geração de refugiados da revolução comunista de Fidel.
Ultraconservadores, são entre 10% e 12% dos votos do Partido Republicano na Flórida,
segundo Brad Coker, diretor do
instituto de pesquisas Mason-Dixon, "e é esse o único grupo
em que Giuliani lidera". Mesmo tendo concentrado todos os
seus esforços no Estado, o ex-prefeito está em distante terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, com 15,9%.
Mas ontem Giuliani não dava
mostras de desistir. Sua campanha colocou na internet o
anúncio "Não Apoiado". Nele,
usa o apoio dado a John
McCain por editoriais de jornais norte-americanos de centro para dizer que essa é uma
confirmação de suas credenciais conservadoras.
"Quando você luta para
apontar juízes conservadores,
quer que os EUA aumentem
seu poder militar para proteger
nossas famílias, exige que os cidadãos leiam, escrevam e falem
em inglês, você vai ser a última
pessoa na Terra a ser apoiada
pelo liberal [de esquerda, nos
EUA] "New York Times'", diz o
locutor, referindo-se ao endosso do jornal a McCain. Uma
derrota hoje deve significar o
fim da candidatura do político
que há menos de três meses era
o líder nas pesquisas nacionais,
onde hoje também amarga terceiro e mesmo quarto lugar.
(SD)
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