DO ENVIADO A WEST PALM BEACH

Os holofotes do Partido Democrata se voltaram ontem para Barack Obama, 46, que assistiu ao anúncio do apoio do senador Edward M. Kennedy, irmão do presidente John F. Kennedy (1917-1963), à sua candidatura, em discurso na American University, em Washington.
A evocação do presidente -que em 1961 se tornou, aos 43 anos, o mais jovem a assumir o cargo nos EUA e, depois de assassinado, em 1963, um dos nomes mais importantes da galeria democrata- é tida como um trunfo para Obama, que também tem a juventude como apelo e que confirmou sua força na disputa com Hillary Clinton após vencer as prévias em Iowa e Carolina do Sul.
"É hora, outra vez, para uma nova geração de liderança. É hora para Barack Obama", disse o senador sob aplausos. O anúncio teve a presença de Caroline Kennedy, filha do presidente, que declarara apoio ao senador em um artigo no "New York Times", e do primo dela e deputado Patrick Kennedy.
"Com Barack Obama, há um novo líder nacional que deu aos EUA um tipo diferente de campanha -não só sobre ele mesmo, mas a respeito de todos nós", declarou o senador, figura tradicional e de grande influência sobre o partido.
Obama disse que aceita o endosso com "humildade". "Eu sei o que seu apoio significa. Eu conheço a estimado lugar que a família Kennedy ocupa nos corações do povo americano", afirmou.
Com menos brilho, Hillary também teve sua cota na família Kennedy. Kathleen Kennedy Townsend, filha de Robert F. Kennedy -o senador que em 1968 foi assassinado como o irmão presidente- declarou: "Eu respeito a decisão de Caroline e de Teddy, mas fiz uma escolha diferente. Neste momento em que há tanto risco em casa e no exterior, recomendo aos americanos que apoiem Hillary Clinton. É por isso que meu irmão Bobby, minha filha Kerry e eu apoiamos Hillary Clinton." (DB)


Texto Anterior: Líder nas pesquisas, Hillary tenta validar prévia democrata na Flórida
Próximo Texto: Dinheiro: Polícia prende doador de Obama
Índice