São Paulo, terça-feira, 29 de janeiro de 2008

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Líder nas pesquisas, Hillary tenta validar prévia democrata na Flórida

Estado foi punido por ter antecipado sua primária e teve delegados invalidados

Mike Theiler/Reuters
Obama abraça Edward Kennedy após receber seu apoio; senador tem grande influência no partido


DANIEL BERGAMASCO
ENVIADO ESPECIAL A WEST PALM BEACH

O pesadelo da decisão fora das urnas de 2000 pode voltar a assombrar a Flórida antes mesmo das eleições presidenciais nos EUA, em 4 de novembro. Palco do imbróglio judicial que definiu a competição a favor de George W. Bush em 2000, o Estado agora está no centro de outro embate, desta vez pela validação de delegados na primária Democrata.
Marcada para hoje, a prévia do partido de Hillary Clinton e Barack Obama foi anulada pela direção nacional da agremiação porque o Estado alterou a data para antes da Superterça (quando mais de 20 Estados promovem suas prévias, na próxima terça) sem autorização. Mas, assim como Michigan, que sofreu a mesma pena, o Estado recorre da decisão para revalidar seus delegados.
"Nossas vozes contam muito; nós vamos ser ouvidos e nós vamos votar", declarou Karen Thurman, presidente do partido Democrata na Flórida, em campanha para que os eleitores compareçam hoje às urnas.
A decisão pode ser fundamental na indicação do partido. Na Flórida, estariam em jogo 210 delegados democratas, número superado apenas por Califórnia (441), Nova York (281) e Texas (228). Será o candidato quem conquistar a maioria dos delegados em um universo de 3.253 indicados pelos eleitores nos Estados mais 796 superdelegados -que têm liberdade para votar em quem quiserem.
Hillary é provavelmente quem mais se beneficiaria da validação dos delegados. Vencedora em Michigan, é favorita na Flórida graças ao peso do voto latino. Enquanto Obama tem feito discursos apenas em Estados da Superterça, a candidata passou também pela Flórida, atraindo a mídia local.
Os eleitores têm pressionado pela validação da prévia. Até a última sexta, 350 mil pessoas haviam feito uso do voto antecipado pelo correio ou em postos credenciados democratas. O número é maior do que o de votos antecipados dos eleitores republicanos, para quem é certo que a eleição terá valor.


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