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Atentado contra locadora mata 2 em Bogotá ; Uribe acusa guerrilha
DA REDAÇÃO
O governo da Colômbia atribuiu às Farc (Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia)
a autoria de um atentado em
uma área nobre de Bogotá que
matou duas pessoas na noite de
anteontem. Em resposta, o Ministério da Defesa anunciou
que vai intensificar a ofensiva
militar contra a guerrilha.
De acordo com as primeiras
investigações, dois homens deixaram uma bomba com cerca
de cinco quilos de pentonita
(explosivo usado em demolições) na frente do estacionamento de uma locadora Blockbuster no norte da cidade, em
zona abastada que combina residências e comércio.
O artefato explodiu perto das
21h locais (0h no Brasil), matando María Margarita Rico,
25, que passava pela área, e
Carlos Romero, 30, vigia do estacionamento havia só dois
dias. A ação destruiu dez carros
e danificou mais de vinte casas.
O governo Álvaro Uribe ligou
o atentado à ação de pressão
das Farc, que estaria extorquindo a rede de locadoras de
origem americana e outros estabelecimentos. Duas outras
unidades da Blockbuster sofreram ataques em 2007, segundo
o ministro da Defesa colombiano, Juan Manuel Santos.
Segundo Santos, em 3 de janeiro, funcionários de inteligência interceptaram uma comunicação de Mono Jojoy, o
chefe militar da guerrilha, na
qual ele mencionava um suposto plano chamado "Renascer".
Uma das ordens do plano seria
expandir a presença das Farc e
praticar ações "terroristas".
Numa rara coincidência de
opiniões com o governo Uribe,
o prefeito oposicionista de Bogotá, Samuel Moreno (Polo Democrático Alternativo, esquerda), disse que provavelmente o
ataque está relacionado à atividades de extorsão das Farc.
As Farc estariam intensificando a prática de extorsão
(chamada "vacina") em áreas
urbanas para compensar as
perdas financeiras provocadas
pela ofensiva militar de Uribe
-os atentados urbanos se tornaram raros após sua chegada
ao poder. A guerrilha não se
pronunciou sobre o ataque.
O governo anunciou a criação de uma frente antiextorsão
-além das Farc, os achacadores dizem pertencer a novos
grupos paramilitares como os
Águias Negras. Bogotá oferece
o equivalente a US$ 50 mil por
informações sobre o ataque.
Com agências internacionais
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