São Paulo, segunda-feira, 29 de março de 2010

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Soldado, de 23 anos, era o mais jovem prisioneiro da guerrilha

DA REDAÇÃO

O soldado Josué Daniel Calvo, 23, sequestrado em 20 de abril de 2009, era o refém mais jovem das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e também o que estava havia menos tempo em cativeiro.
Ele caiu nas mãos da guerrilha na vila de El Encanto, no departamento de Meta. O sequestro só ficou conhecido depois que as Farc anunciaram que o militar havia sido abandonado ferido por tropas colombianas após um confronto.
Calvo havia completado apenas o ensino primário quando entrou no Exército. "Ele nunca disse que queria ir para o Exército. Mas um dia chegou e disse que iria prestar o serviço militar", disse antes da libertação o seu pai, o camponês Luis Alberto Calvo, 50, que criou Josué e sua irmã, Maria, depois que sua mulher os abandonou crianças.
Ainda em abril do ano passado, apenas alguns dias após a sua captura de Calvo, as Farc anunciaram que libertariam o cabo Pablo Emilio Moncayo, refém mantido há mais tempo pela narcoguerrilha -desde 1997. Debilitado fisicamente, Calvo foi incluído na operação.
No último dia 2, a guerrilha divulgou um comunicado no qual informava que ele estava muito doente e que precisava ser carregado continuamente pelos guerrilheiros, pois não tinha forças para andar sozinho. Mas o texto não detalhava qual seria o seu problema de saúde.
Mas ontem o soldado, sorridente, surpreendeu ao desembarcar em Villavicencio e caminhar em direção aos familiares só com auxílio de uma estaca de madeira usada como bengala e carregando uma pequena caixa com um passarinho, seu animal de estimação durante os cerca de 11 meses em que ficou preso.


Com agências internacionais


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