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Coreia do Sul e EUA elevam alerta militar
Nível é o maior desde 1º teste nuclear norte-coreano, em 2006; medida significa reforço naval e maior vigilância por satélite
Pyongyang diz que "mínima escaramuça acidental" pode detonar guerra nuclear; CS da ONU ainda negocia termos de nova resolução contra país
DA REDAÇÃO
Os EUA e a Coreia do Sul elevaram ontem o nível de alerta
militar, um dia depois de o regime norte-coreano declarar inválido o armistício que pôs fim
ao conflito na península Coreana, em 1953, e ameaçar com
"poderoso" ataque à vizinha.
O alerta, de nível 2 -em escala que vai de 5, mais baixo, a 1,
mais alto-, é o maior desde
2006, quando Pyongyang realizou seu primeiro teste nuclear.
No domingo, o regime do ditador Kim Jong-il detonou um
segundo artefato atômico, de
no mínimo cinco vezes a potência do anterior, aumentando a
tensão regional. A escalada incluiu o disparo de mísseis de
curto alcance no mar.
O aumento do alerta significa
reforço nas embarcações militares na fronteira marítima entre os países e incremento na
vigilância da Coreia do Norte
por satélites. Não foram fornecidos maiores detalhes.
Por meio da agência de notícias oficial, Pyongyang reagiu à
elevação do alerta "pelo esquema de invasão dos EUA e do regime-marionete da Coreia do
Sul" dizendo que "uma mínima
escaramuça acidental pode desencadear a guerra nuclear".
O país invalidou o armistício
de 1953 em retaliação à adesão
pela vizinha do Sul, anunciada
na terça, à iniciativa americana
de controle marítimo regional.
Segundo a Casa Branca, é a
quinta vez em 15 anos que a Coreia do Norte adota a medida.
Apesar da tensão, os EUA
disseram ontem não ter detectado nenhuma movimentação
significativa de tropas norte-coreanas e descartaram reforçar seu contingente na Coreia
do Sul, hoje em 28 mil soldados.
Pyongyang e Seul ainda hoje
estão, oficialmente, em guerra,
uma vez que um acordo de paz
nunca foi firmado após a guerra
de três anos que consolidou a
divisão da península.
No Conselho de Segurança
da ONU, os cinco membros
permanentes (EUA, Rússia,
China, Reino Unido e França) e
de Japão e Coreia do Sul diziam
desde anteontem ter concordado sobre a necessidade de nova
resolução contra Pyongyang
-duas já vigoram.
Um novo texto só deverá ser
apresentado, porém, no início
da próxima semana.
A Rússia pediu que se evite
isolar ainda mais o país com
sanções muito duras, mas apoia
uma nova resolução.
A China, maior parceiro norte-coreano e principal entrave
a um endurecimento com o
país, foi elogiada pelos EUA.
Com agências internacionais
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