São Paulo, quarta-feira, 29 de junho de 2011

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Nova diretora é advogada e tem fama de firme

DE WASHINGTON

À parte o ineditismo de ser mulher, a escolha da francesa Christine Lagarde, 55, como todo-poderosa do FMI pouco surpreende.
Formada pela Escola de Direito da Universidade Paris 10 e pelo Instituto de Estudos Políticos em Aix-en-Provence, ex-membro da equipe francesa de nado sincronizado e mãe de dois filhos, a parisiense Lagarde trabalhou por anos em processos antitruste.
Antes de chegar ao governo francês como ministra do Comércio Exterior, em 2005, Lagarde foi sócia e diretora da firma de advocacia Baker & McKenzie, que tem escritórios em 41 países.
Desde 2007, era ministra de Economia, Finanças e Indústria do governo do conservador Nicolas Sarkozy.
No cargo, assumiu com firmeza a linha de frente na negociação, pelo lado europeu, dos pacotes de resgate/austeridade, o que pesou tanto quanto o fato de ser europeia -ou mais.
Regra tácita prevê a chefia do Banco Mundial para os EUA e a do FMI para um europeu, mas as críticas a esse rodízio, sobretudo por parte dos emergentes, se tornam mais e mais altas.
Um percalço para a francesa será se estabelecer como alguém imparcial às agruras de seu próprio país, cujos bancos só não são mais vulneráveis a um eventual colapso grego do que seus vizinhos alemães.
Terá a atenção mundial para tanto. Após anos de perda de relevância, o FMI reassumiu o centro da estrutura financeira global ao ajudar a socorrer os países europeus em crise.
Se as linhas de crédito o colocaram de volta no papel de cão de guarda fiscal desempenhado nos anos 80, porém, elas também acordaram os críticos a suas receitas de austeridade. (LC)


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