São Paulo, sábado, 29 de julho de 2006 |
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NOTAS DO FRONT por Marcelo Ninio e Michel Gawendo OPERAÇÃO LIMPEZA Com o lixo se acumulando em várias partes da capital devido à paralisação da coleta, um grupo de estudantes da Universidade Americana de Beirute convocou um mutirão para limpar as ruas que cercam a instituição. O esforço rendeu pouco resultado, já que a maioria dos estudantes saiu da cidade, em férias ou para fugir da ofensiva israelense. Menos de 20 pessoas apareceram. SEM COMPRADOR A ameaça de falta de gasolina no Líbano, devido ao bloqueio israelense, não se cumpriu. Os estoques estão estáveis, e o preço, fiscalizado com rigor, manteve-se o mesmo. Acostumados ao desabastecimento na guerra civil, a grande maioria dos libaneses simplesmente parou de andar de carro, ficando em casa ou pegando táxis. Segundo cálculo dos postos, o consumo sofreu queda de 75%. PORTO LITERÁRIO Quando o porto de Beirute foi bombardeado, no início da ofensiva, moradores tiveram uma preocupação cultural: lá estão os livros da Biblioteca Nacional, que estava sendo reconstruída. Mas os leitores ontem respiraram aliviados: o diretor da entidade anunciou que os livros estão intactos. APOIO MACIÇO Levantamento do jornal "Yediot Ahronot" mostra que 82% dos israelenses acham que a atual guerra é justa. Entre os judeus -80% da população-, o apoio sobe para 92%. A sondagem mostra ainda que 71% dos israelenses querem ainda mais força contra o Hizbollah; 75% disseram que o primeiro-ministro Ehud Olmert está indo "bem" ou "muito bem" na condução da operação militar. LOGÍSTICA Nem todos os israelenses da reserva convocados para o conflito estão atuando como combatentes. A estimativa é que, para cada soldado mantido no front, sejam necessários pelo menos quatro militares trabalhando na parte logística da ofensiva. Parte dos reservistas trabalha na montagem de hospitais de campo em cidades do norte de Israel. Os locais têm proteção contra foguetes. DOR DE ESTÔMAGO Dan Halutz, o chefe do Estado-Maior israelense, sentiu ontem fores dores de estômago e teve de passar duas horas fazendo exames no Hospital Ichilov, que fica em Tel Aviv. Mas foi liberado e, segundo o Exército, já pode voltar a conduzir a ofensiva militar no Líbano normalmente. Texto Anterior: Lula discorda de críticas sobre plano de retirada Próximo Texto: Cozinheira e escritor brasileiros decidem continuar em Beirute Índice |
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