São Paulo, domingo, 29 de julho de 2007

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Bush oferece US$ 20 bi em armas ao golfo

Segundo "Times", com a compra, Arábia Saudita e países da área modernizariam seus arsenais até 2017

DA REDAÇÃO

O governo do norte-americano George W. Bush deve pedir a autorização do Congresso, na semana que vem, para vender, ao longo da próxima década, US$ 20 bilhões em armas para Arábia Saudita e aliados no golfo Pérsico. A informação está nos jornais "New York Times" e "Washington Post".
O pacote dos EUA para a região deve provocar controvérsia porque é lançado quando se intensificam as críticas de funcionários do governo e no Congresso ao papel dos sauditas no Iraque -a percepção é que os aliados não estão ajudando tanto quanto podem no processo de estabilização do país. As vendas devem incluir reforço para as marinhas, melhorias em sistemas antimísseis e bombas guiadas por satélite.
A possível compra de bombas guiadas por satélite, em especial, preocupa Israel, segundo o "Times". Para compensar, a Arábia Saudita teria restrições geográficas para instalar o armamento. O governo Bush também pretende coordenar o anúncio do pacote com o do aumento da ajuda militar a Israel e ao Egito. Para os israelenses, seriam US$ 30,4 bilhões nos próximos dez anos, 43% a mais.
O objetivo da iniciativa, disseram membros do governo aos jornais, é reforçar a presença dos EUA na região e reiterar o apoio aos aliados sunitas, ressabiados desde a formação de um governo xiita no Iraque.
As fontes do governo também negam que a venda de armas lance a região numa corrida armamentista. Alegam que apenas equilibra as forças em relação ao avanço bélico do Irã.
Segundo o "Washington Post", o pacote deve ser anunciado amanhã, quando a secretária de Estado, Condoleeza Rice, e o titular da Defesa, Robert Gates, embarcarão para uma viagem de três dias ao Oriente Médio. Além de Arábia Saudita, estão no acordo Bahrein, Kuwait, Omã, Qatar e Emirados Árabes Unidos.

Escutas e González
Ontem, em seu programa de rádio, o presidente Bush pediu ao Congresso que aprove a "modernização" da lei que autoriza o uso de escutas para monitorar terroristas, de 1978.
Bush defende a mudança quando o governo e seu secretário da Justiça, Alberto Gonzales, são duramente criticados pelo programa de escutas extrajudiciais posto em prática após o 11 de Setembro.


Com agências internacionais


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