DA REDAÇÃO

O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, ordenou ontem o fechamento da prisão de Kahrizak, onde se suspeita que muitos dos manifestantes que protestaram contra a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad tenham sido detidos. Não ficou claro, porém, se os presos foram liberados ou apenas transferidos.
"O líder ordenou o fechamento porque faltavam condições para preservar os direitos dos detentos", disse o deputado Kazem Jalali, da comissão parlamentar que investiga as prisões manifestantes.
A decisão de Khamenei vem dias depois de o filho de um proeminente líder conservador ter morrido na prisão. Seu rosto tinha marcas de espancamento. A iniciativa de fechar a prisão alimenta as suspeitas de que ali havia tortura.
O governo iraniano libertou ainda ontem 140 manifestantes que haviam sido presos na penitenciária de Evin, em Teerã, numa medida vista como tática para diminuir o descontentamento latente entre líderes moderados e seus apoiadores.
Os liberados haviam sido detidos depois das eleições gerais do país, em 12 de junho, e foram soltos sob fiança. Outros 150 permanecem detidos em Evin, segundo Jalali.
Entidades de direitos humanos dizem, porém, que centenas de pessoas seguem detidas.