São Paulo, segunda-feira, 29 de agosto de 2011

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'Twitter' da China passa a censurar após pressão oficial

Governo determina aos microblogs que vigiem os usuários dos sites

Após choque entre trens-bala em julho, 'weibos' foram usados para atacar atuação das autoridades

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O mais popular microblog (chamado de "site de weibo") da China, uma espécie de Twitter local, está censurando a suposta disseminação de rumores, depois de o Partido Comunista ter direcionado as empresas de internet a adotar controles mais rígidos sobre informações on-line.
A medida adotada pela Sina Corp é um reflexo da pressão do governo sobre as empresas chinesas de internet -a maioria delas é privada e enfrenta a opção entre ajudar o governo a censurar, ou perder o direito de operar um negócio lucrativo em um mercado de alto crescimento.
Os sites de weibo (que funcionam como o Twitter, que é bloqueado na China) foram amplamente usados para criticar o governo após o choque entre trens-bala que provocou 40 mortes na China, em julho.
Na época, os usuários postaram rumores como o de que os vagões haviam sido enterrados após o acidente para ocultar evidências e cadáveres.
O serviço de weibo da Sina enviou avisos a seus cerca de 200 milhões de usuários desmentindo relatos postados no site, um deles sobre a morte de uma mulher de 19 anos.
A Sina negou relatos de que o suspeito de ter assassinado a mulher tivesse sido liberado na cidade de Wuhan, porque o pai dele é politicamente influente.
As contas dos usuários que postaram o relato foram temporariamente encerradas pelo site.
O secretário do partido em Pequim, Liu Qi, visitou a sede da Sina na última segunda-feira e disse que as empresas de internet deveriam bloquear a disseminação de boatos falsos.
"A Constituição garante a liberdade de expressão, mas ela, na realidade, não existe. Por favor negue este rumor", escreveu um usuário.


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