São Paulo, domingo, 29 de setembro de 2002

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TRAGÉDIA

Equipes de resgate de naufrágio de ferry perde esperanças de achar sobreviventes, mortos devem passar de 700

Senegal não espera mais por sobreviventes

DA REDAÇÃO

Autoridades senegalesas anunciaram ontem que praticamente não havia esperanças de que houvesse mais sobreviventes do naufrágio do ferry Joola, que aconteceu durante uma tempestade na costa sul do Senegal (oeste da África) na quinta-feira.
Pesqueiros e navios militares continuavam a resgatar corpos de um dos piores acidentes com ferries da África. Estima-se que mais de 730 pessoas tenham morrido.
"Já não temos mais nada o que fazer no porto, só vão chegar mortos", disse ontem uma pessoas ligada às equipes de resgate.
Segundo as autoridades portuárias, o Joola tinha capacidade para 550 passageiros, mas levava cerca de 800 pessoas. Mergulhadores retiravam ontem os corpos de vítimas ainda presas no barco.
Até o momento, apenas 62 pessoas foram resgatadas com vida, todas nas primeiras horas após o acidente -35 foram levadas a hospitais de Senegal e 27, para hospitais na vizinha Gâmbia.
"O ferry afundou tão rápido. Foi inacreditável. Em apenas três minutos, ele sumiu", afirmou o senegalês Moussa Ndong, um dos sobreviventes. "Foi horrível. Ouvíamos as pessoas gritando."
O Joola passou por uma revisão técnica na semana passada, poucos dias após voltar a navegar, depois de um ano em reparos. Quando o barco, que pertence ao Estado, reiniciou seus serviços, os ministros dos Transportes e da Defesa do país estiveram a bordo.
O presidente Abdoulaye Wade ordenou uma investigação para apurar as causas do acidente.


Com agências internacionais


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