DA REDAÇÃO

Onze pessoas morreram e cerca de 40 foram feridas quando uma motocicleta-bomba de detonação remota explodiu na madrugada de ontem em Florencia, 335 km ao sul de Bogotá. Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque -o governo colombiano suspeita de envolvimento da guerrilha terrorista Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Entre os mortos estão dois policiais e um menino de 12 anos. Uma adolescente de 15 anos teve sua perna amputada após a explosão da moto, que continha cerca de 4 kg de explosivos.
Segundo a polícia, o atentado ocorreu às 3h (horário local), num momento em que muita gente deixava os vários bares e restaurantes da região.
Imagens transmitidas pelas TVs colombianas mostravam um corpo estirado no chão e feridos sendo carregados por policiais e paramédicos para ambulâncias.
"Todas as evidências indicam que as Farc estão por trás [do atentado]", afirmou a ministra da Defesa, Marta Lucía Ramírez, que viajou a Florencia para participar de uma reunião de emergência com líderes militares e ordenou o reforço das medidas de segurança. A circulação de motos foi proibida após as 23h.
Florencia, capital do departamento de Caqueta, fica perto da antiga zona desmilitarizada que o governo colombiano criara dentro das negociações por um acordo de paz com as Farc, o qual acabou naufragando.

Uribe
O presidente colombiano, Alvaro Uribe, condenou o atentado e disse que a única opção do país é derrotar o terrorismo. Uribe repetiu ontem uma declaração feita após um atentado em Bogotá em fevereiro: "A Colômbia chora, mas não se rende".
"Gostaríamos de estar alegres a toda hora, mas não nos faltam motivos de tristeza, como no atentado terrorista em Florencia", afirmou o presidente na cidade de Santa Marta.