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Lei impede processo
contra o assassino
DE BUENOS AIRES
Por ser menor de idade, R.S.J,
15, deverá ficar detido em uma
das unidades do Juizado de Menores da Argentina e, como no
Brasil, não poderá ser processado.
A redução da imputabilidade penal para 14 anos está em discussão
na Argentina desde abril, quando
Juan Carlos Blumberg, pai de
Axel Blumberg, morte em um seqüestro, entregou uma petição ao
Congresso solicitando, entre outras mudanças, que os menores
também pudessem ser processados e condenados.
De acordo com o Ministério da
Justiça, o juiz encarregado pode
determinar a reclusão do menor
em uma instituição especializada
de regime fechado.
A Promotoria pode abrir um
processo tão logo o garoto complete 18 anos.
Mesmo assim, segundo informou o Departamento de Política
Criminal do Ministério da Justiça
da Argentina, a escala penal das
pessoas que cometeram crimes
quando eram menores de idade é
menor do que a escala penal a que
são submetidos os adultos.
Blumberg defende que os menores sejam julgados e condenados, mas fiquem reclusos em instituições especiais. Atualmente, a
lei argentina estabelece que detentos entre 18 e 21 anos fiquem
em uma ala dos presídios reservada para essa faixa etária.
"Na prática, a redução da imputabilidade para 14 anos não muda
nada porque o juiz pode determinar situação de risco e, nesse caso,
o menor tem de ficar recluso. Seria preciso melhorar essas instituições, com pessoas capacitadas", disse o especialista em criminalidade juvenil Daniel Miguez, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais.
(CD)
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