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Pontos incomuns marcam texto referendado
DO ENVIADO A QUITO
Do direito a viver sob os princípios do "sumak kawsay" ao
controle da "órbita sincrônica
geostacionária", a Carta equatoriana tem chamado a atenção
por termos pouco comuns em
textos constitucionais.
Logo no início, a Constituição "celebra" a Pacha Mama, a
principal divindade entre os indígenas andinos e muitas vezes
entendida como a natureza. A
introdução também diz que os
equatorianos decidiram "construir uma nova forma de convivência humana para alcançar o
bem viver, o sumak kawsay"
-expressão quíchua que significa "vida plena".
A Pacha Mama volta a ser
evocada no capítulo sete, intitulado "Direitos da Natureza",
outra novidade em relação às
Cartas anteriores. Ali, um dos
artigos prevê que a "natureza
tem direito à restauração".
Já a filosofia quíchua de vida
é evocada outras quatro vezes.
No artigo 387, se diz que "será
responsabilidade do Estado (...)
contribuir à realização do bem
viver, o sumak kawsay".
Além de render tributo à herança indígena, a 20ª Constituição equatoriana também
aponta para o espaço. O capítulo quatro determina que o "Estado equatoriano exercerá direitos sobre os segmentos correspondentes da órbita sincrônica geostacionária", aparentemente em alusão à possibilidade de envio de satélites.
(FM)
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