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TERROR
Coalizão de Sharon vive crise
Diplomata dos EUA é morto a tiros em Amã
DA REDAÇÃO
Um diplomata norte-americano foi morto a tiros ontem em
Amã, capital da Jordânia, quando
deixava a sua casa às 7h30. O governo dos EUA não descarta a hipótese de terrorismo.
Laurence Foley trabalhava para
a Agência para Desenvolvimento
Internacional, dos EUA, e estava
em missão na Jordânia, onde participava de programas de ajuda
humanitária.
O porta-voz da Casa Branca, Ari
Fleischer, disse que o presidente
dos EUA, George W. Bush, "lamenta a morte de Foley" e acrescentou que as investigações já começaram.
O ministro da Informação da
Jordânia, Mohammed Affash Adwan, afirmou que não queria especular sobre a possibilidade ou
não de os disparos terem sido feitos por algum grupo terrorista.
Ele disse apenas que o incidente
"foi uma agressão à Jordânia".
Nenhum grupo extremista assumiu o ataque, no qual foram
feitos oito disparos com uma pistola 7 milímetros.
A Jordânia é aliada dos EUA e
assinou, em 1994, um acordo de
paz com Israel. Mas o sentimento
antiamericano vem crescendo no
país devido às ameaças de ataque
ao vizinho Iraque e à posição de
Bush em relação ao Oriente Médio, considerada como pró-israelense.
A Jordânia é um dos principais
parceiros comerciais de Bagdá.
Além disso, grande parte da população da Jordânia é composta
por refugiados palestinos.
Ao todo, há cerca de 3.000 americanos vivendo na Jordânia. Eles
devem aumentar a segurança a
partir de agora, de acordo com a
Embaixada dos EUA em Amã.
Israel
A coalizão de apoio ao primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, vive a sua mais grave crise nos 19 meses de governo e pode
rachar amanhã quando será votado o Orçamento de 2003.
O Partido Trabalhista, o mais
moderado da coalizão, quer que
uma verba de US$ 147 milhões,
destinada a colônias judaicas nos
territórios palestinos, seja realocada para programas sociais, de
saúde e de educação. Essas áreas
sofrerão cortes por causa da crise
econômica. Os dois principais líderes trabalhistas no governo são
o chanceler Shimon Peres e o ministro da Defesa Binyamin Ben
Eliezer.
Sharon, do Likud (conservador), afirmou ontem que não
aceitará que seus ministros rejeitem a proposta orçamentaria.
"Não irei tolerar jogos e manobras partidárias", disse o premiê.
Caso os trabalhistas deixem o
governo, eleições poderão ser
convocadas em 90 dias. A coalizão possui hoje 80 das 120 cadeiras do Knesset (Parlamento). Sem
os trabalhistas, a coalizão ficaria
com 55 membros, mas Sharon
deve contar com o apoio de um
partido de extrema direita fora da
coalizão que lhe daria maioria.
Com agências internacionais
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