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Ataque mata funcionários da ONU em Cabul
DA REDAÇÃO
Um ataque contra uma hospedaria usada por funcionários
da ONU na capital do Afeganistão, Cabul, deixou ontem 11
pessoas mortas, incluindo cinco membros da missão das Nações Unidas no país. O atentado
foi reivindicado pelo Taleban
como o primeiro de uma série
que visa a atrapalhar o segundo
turno da eleição presidencial,
marcado para 7 de novembro.
O ataque começou pouco antes das 6h, quando extremistas
vestidos como policiais invadiram o local, conhecido como
Bakhtar. Dois seguranças afegãos também foram mortos,
além de três extremistas.
O porta-voz do Taleban, Zabiullah Mujahid, disse que o
ataque foi feito por militantes
armados com coletes explosivos e granadas. As bombas, porém, não chegaram a ser detonadas porque eles foram mortos antes. Há três dias, o Taleban prometeu atacar quem estiver ajudando a organizar a votação. "Esse foi nosso primeiro
ataque", disse Mujahid.
O presidente afegão, Hamid
Karzai -que voltará a enfrentar nas urnas seu ex-ministro
do Exterior Abdullah Abdullah
em dez dias-, ordenou a "segurança reforçada" das organizações internacionais em Cabul.
Já o secretário-geral da
ONU, Ban Ki-moon, disse que
o organismo não será dissuadido pelo "desprezível e brutal"
ataque. "Continuaremos nosso
trabalho, particularmente ajudando o governo afegão e a população a realizar essa segunda
eleição presidencial", disse.
A nova votação foi marcada
depois da invalidação de mais
de 1 milhão de votos, o que impediu que Karzai fosse reeleito
no primeiro turno, em agosto.
Em outros sinais da crescente insurgência do Taleban
-que está em seu ponto mais
alto desde a invasão do país, em
2001-, um foguete foi lançado
contra o palácio presidencial, e
outros dois atingiram o hotel
Serena, no centro de Cabul,
sem deixar mortos.
Os ataques de ontem ocorreram um dia depois de a morte
de oito soldados americanos
terem transformado outubro
no mês com mais mortes de
militares dos EUA em oito anos
de guerra e num momento em
que o presidente Barack Obama analisa o envio de mais soldados ao país.
Com agências internacionais
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