São Paulo, quinta-feira, 29 de outubro de 2009

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Ataque mata funcionários da ONU em Cabul

DA REDAÇÃO

Um ataque contra uma hospedaria usada por funcionários da ONU na capital do Afeganistão, Cabul, deixou ontem 11 pessoas mortas, incluindo cinco membros da missão das Nações Unidas no país. O atentado foi reivindicado pelo Taleban como o primeiro de uma série que visa a atrapalhar o segundo turno da eleição presidencial, marcado para 7 de novembro.
O ataque começou pouco antes das 6h, quando extremistas vestidos como policiais invadiram o local, conhecido como Bakhtar. Dois seguranças afegãos também foram mortos, além de três extremistas.
O porta-voz do Taleban, Zabiullah Mujahid, disse que o ataque foi feito por militantes armados com coletes explosivos e granadas. As bombas, porém, não chegaram a ser detonadas porque eles foram mortos antes. Há três dias, o Taleban prometeu atacar quem estiver ajudando a organizar a votação. "Esse foi nosso primeiro ataque", disse Mujahid.
O presidente afegão, Hamid Karzai -que voltará a enfrentar nas urnas seu ex-ministro do Exterior Abdullah Abdullah em dez dias-, ordenou a "segurança reforçada" das organizações internacionais em Cabul.
Já o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que o organismo não será dissuadido pelo "desprezível e brutal" ataque. "Continuaremos nosso trabalho, particularmente ajudando o governo afegão e a população a realizar essa segunda eleição presidencial", disse.
A nova votação foi marcada depois da invalidação de mais de 1 milhão de votos, o que impediu que Karzai fosse reeleito no primeiro turno, em agosto.
Em outros sinais da crescente insurgência do Taleban -que está em seu ponto mais alto desde a invasão do país, em 2001-, um foguete foi lançado contra o palácio presidencial, e outros dois atingiram o hotel Serena, no centro de Cabul, sem deixar mortos.
Os ataques de ontem ocorreram um dia depois de a morte de oito soldados americanos terem transformado outubro no mês com mais mortes de militares dos EUA em oito anos de guerra e num momento em que o presidente Barack Obama analisa o envio de mais soldados ao país.

Com agências internacionais



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