São Paulo, terça-feira, 29 de dezembro de 2009

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Itamaraty diz aprovar ajuda surinamesa

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A chanceler do Suriname, Lygia Kraag-Keteldijk, fez ontem um relato para o secretário-geral e chanceler interino, Antonio Patriota, sobre as medidas que o país tem tomado para ajudar os garimpeiros brasileiros que foram vítimas do ataque em Albina, no dia 24.
Após o telefonema, Patriota comentou com assessores que os surinameses têm sido "muito cooperativos" no caso.
Duas garantias foram especialmente bem recebidas: o governo do Suriname está bancando as despesas médicas dos feridos e deu garantias de que não haverá retaliações ou discriminações contra brasileiros envolvidos, pelo fato de estarem no país ilegalmente.
A ministra pediu formalmente desculpas e manifestou "constrangimento", na versão da assessoria do Itamaraty, dizendo a Patriota que a comunidade brasileira é razoavelmente grande, tem a simpatia local e é bem recebida pelo governo. O episódio foi considerado inesperado e um caso à parte.
O Itamaraty nega que tenha havido mortes e confirma que há quatro feridos em estado preocupante, mas nenhum deles correndo risco de morte.
Ontem, foram presos outros 13 suspeitos de terem participado do ataque contra os garimpeiros brasileiros, aumentando para 35 o número de maroons detidos até agora, segundo o chefe de polícia surinamês Krishna Mathoera-Hussainali.
As prisões ocorreram após 55 brasileiros apresentaram queixa formal. Os interrogatórios começaram ainda ontem, segundo a agência France Presse.
Ainda ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva notificou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, sobre os ataques, informou a Agência Brasil.


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