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Itamaraty diz aprovar ajuda surinamesa
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A chanceler do Suriname,
Lygia Kraag-Keteldijk, fez ontem um relato para o secretário-geral e chanceler interino,
Antonio Patriota, sobre as medidas que o país tem tomado
para ajudar os garimpeiros brasileiros que foram vítimas do
ataque em Albina, no dia 24.
Após o telefonema, Patriota
comentou com assessores que
os surinameses têm sido "muito cooperativos" no caso.
Duas garantias foram especialmente bem recebidas: o governo do Suriname está bancando as despesas médicas dos
feridos e deu garantias de que
não haverá retaliações ou discriminações contra brasileiros
envolvidos, pelo fato de estarem no país ilegalmente.
A ministra pediu formalmente desculpas e manifestou
"constrangimento", na versão
da assessoria do Itamaraty, dizendo a Patriota que a comunidade brasileira é razoavelmente grande, tem a simpatia local
e é bem recebida pelo governo.
O episódio foi considerado
inesperado e um caso à parte.
O Itamaraty nega que tenha
havido mortes e confirma que
há quatro feridos em estado
preocupante, mas nenhum deles correndo risco de morte.
Ontem, foram presos outros
13 suspeitos de terem participado do ataque contra os garimpeiros brasileiros, aumentando para 35 o número de maroons detidos até agora, segundo o chefe de polícia surinamês
Krishna Mathoera-Hussainali.
As prisões ocorreram após 55
brasileiros apresentaram queixa formal. Os interrogatórios
começaram ainda ontem, segundo a agência France Presse.
Ainda ontem, o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva notificou o secretário-geral da ONU,
Ban Ki-moon, sobre os ataques,
informou a Agência Brasil.
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