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Mitchell pede reabertura de fronteiras
DA REDAÇÃO
O enviado do governo
Obama para o Oriente Médio, George Mitchell, reuniu-se ontem com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP),
Mahmoud Abbas, na Cisjordânia. Após o encontro,
defendeu a reabertura das
fronteiras entre Gaza e Israel como condição para
que o contrabando pelo lado egípcio seja contido.
O enviado americano
defendeu que o controle
da divisa egípcia seja feita
pela ANP, com a presença
de monitores europeus. A
repressão ao tráfico de armas por túneis é uma exigência de Israel para preservar o frágil cessar-fogo
iniciada no dia 18.
Na véspera, Mitchell ouviu do premiê israelense,
Ehud Olmert, que a reabertura das passagens está
condicionada à libertação
do cabo Gilad Shalit, sequestrado em 2006 pelo
Hamas. O grupo islâmico
pretende trocá-lo por palestinos detidos em Israel.
Segundo o jornal israelense "Yediot Ahronot",
Olmert disse a Mitchell
ser favorável à retirada de
até 60 mil colonos israelenses da Cisjordânia (há
no total mais de 400 mil).
O premiê propôs compensar um futuro Estado palestino com terras no sul
de Israel, em troca da anexação de partes da Cisjordânia perto de Jerusalém.
Hamas e Obama
O premiê do Hamas em
Gaza, Ismail Haniyeh, deu
entrevista à TV Al Jazeera
na qual se disse "esperançoso" de que o novo governo dos EUA reveja a política para o Oriente Médio.
"Não é do interesse da
América permanecer em
conflito com o mundo árabe e muçulmano."
O aceno foi reiterado
por outro líder do grupo
islâmico em Gaza, Ghazi
Hamad: "Queremos fazer
parte da comunidade internacional". Mas há dúvidas sobre a unidade do Hamas, cuja liderança é disputada por moderados e
linhas-duras.
Do lado israelense, o ex-premiê direitista Binyamin Netanyahu, favorito a
retomar o posto nas eleições gerais do próximo dia
10, disse que "o novo governo deverá terminar a
remoção da base de terror
do Irã" em Gaza.
Com agências internacionais
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