São Paulo, sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

TIBETE

Ação chinesa contra o crime intimida ativistas, acusa ONG

RAUL JUSTE LORES
DE PEQUIM

O governo chinês interrogou 5.766 suspeitos e prendeu 81 pessoas em uma campanha contra a criminalidade no Tibete, informaram dois jornais estatais da Província separatista.
O "Tibetan Daily" disse que a campanha busca coibir os roubos e a prostituição, e garantir a "ordem social".
Mas o Centro Tibetano pelos Direitos Humanos, uma organização de exilados políticos , divulgou nota acusando a blitz de "querer intimidar e eliminar aqueles que apoiam a causa da independência tibetana e os ativistas pelos direitos humanos".
A polícia fez visitas e inspeções a 2900 residências, 14 hotéis e pousadas, 18 bares e três cybercafés em Lhasa, capital tibetana, usando 600 homens e 160 viaturas por dez dias.
Em março do ano passado, a repressão contra protestos organizados por monges budistas terminou em violentos confrontos, em que morreram ao menos 20 pessoas e mais de mil foram presas.
Em março, comemoram-se os 50 anos da tentativa do dalai-lama, líder espiritual do Tibete, de dar um golpe contra o regime comunista chinês. Ele fugiu para a Índia, onde ainda vive no exílio, após o fracasso do intento.
Deputados tibetanos, fiéis ao regime de Pequim, aprovaram por unanimidade a criação de data comemorativa ao fim do governo liderado pelo dalai-lama em 1959, como o "Dia da Libertação dos Servos do Tibete", no próximo 28 de março.


Texto Anterior: Afeganistão adia em quatro meses eleição do sucessor de Hamid Karzai
Próximo Texto: Cáucaso: Rússia reforça presença militar na Abkházia
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.