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TIBETE
Ação chinesa contra o crime intimida ativistas, acusa ONG
RAUL JUSTE LORES
DE PEQUIM
O governo chinês interrogou 5.766 suspeitos e prendeu 81 pessoas em uma campanha contra a criminalidade no Tibete, informaram
dois jornais estatais da Província separatista.
O "Tibetan Daily" disse
que a campanha busca coibir
os roubos e a prostituição, e
garantir a "ordem social".
Mas o Centro Tibetano pelos Direitos Humanos, uma
organização de exilados políticos , divulgou nota acusando a blitz de "querer intimidar e eliminar aqueles que
apoiam a causa da independência tibetana e os ativistas
pelos direitos humanos".
A polícia fez visitas e inspeções a 2900 residências, 14
hotéis e pousadas, 18 bares e
três cybercafés em Lhasa, capital tibetana, usando 600
homens e 160 viaturas por
dez dias.
Em março do ano passado,
a repressão contra protestos
organizados por monges budistas terminou em violentos confrontos, em que morreram ao menos 20 pessoas e
mais de mil foram presas.
Em março, comemoram-se os 50 anos da tentativa do
dalai-lama, líder espiritual
do Tibete, de dar um golpe
contra o regime comunista
chinês. Ele fugiu para a Índia, onde ainda vive no exílio,
após o fracasso do intento.
Deputados tibetanos, fiéis
ao regime de Pequim, aprovaram por unanimidade a
criação de data comemorativa ao fim do governo liderado pelo dalai-lama em 1959,
como o "Dia da Libertação
dos Servos do Tibete", no
próximo 28 de março.
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