São Paulo, segunda-feira, 30 de abril de 2007

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Sarkozy promete "virar a página de Maio de 1968"

Francês diz que esquerdas são assistencialistas

DO "LE MONDE"

Já na reta final da campanha para o segundo turno das presidenciais francesas, no próximo domingo, o candidato do bloco de centro-direita, Nicolas Sarkozy, afirmou ontem que "virará a página de Maio de 1968", menção à greve geral daquele ano, desencadeada pelas barricadas estudantis.
Ele acusou as esquerdas, hoje unidas em torno da candidata socialista, Ségolène Royal, de terem uma concepção "assistencialista" do Estado. A seu ver, as esquerdas poderiam seguir o exemplo do ex-primeiro-ministro Jules Ferry (1832-1893), um reformista, mas preferiu o modelo de 1968.
Os veteranos daquele movimento -afirmou- preparam, por meio da contestação sistemática aos parâmetros éticos, o terreno para "os desvios do capitalismo financeiro" e para que nas empresas estatais se instalem marajás. Sarkozy se definiu como "o candidato da maioria silenciosa" e disse que não representa a mídia, os aparelhos partidários, os sectarismos e os grupos de interesse.
Um porta-voz do Partido Socialista, Faouzi Lamdaoui, respondeu ao afirmar que o candidato conservador "tem a eterna linguagem do ódio e da divisão dos franceses e sempre procura um bode expiatório".
Ségolène Royal, em entrevista na televisão, disse se sentir próxima dos ambientalistas e da extrema esquerda, dois setores que têm criticado sua aproximação com os centristas de François Bayrou, o terceiro colocado no primeiro turno.
Disse, por exemplo, que concorda com Arlette Laguiller, candidata trotskista da Luta Operária, quando ela considera que Sarkozy seria um perigo para os trabalhadores mais modestos e agravaria a precariedade do mercado de trabalho.
Em visita mais tarde a um hospital, ela prometeu que, se eleita, aumentaria a dotação da rede pública de saúde.


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