DA REDAÇÃO

Opositores do Zimbábue divulgaram ontem imagens de simpatizantes agredidos por autoridades locais como prova de torturas e violência pós-eleitoral. A fotos mostram queimaduras, chibatadas e espancamentos.
O Zimbábue vive uma crise política após as eleições presidenciais do último dia 29 de março. O governo do ditador Robert Mugabe, no poder há 28 anos, ainda não divulgou os resultados, algo que seus críticos qualificam de golpe. O partido de oposição Movimento pela Mudança Democrática (MDC) afirma que venceu o pleito.
Milhares de pessoas fugiram de suas casas desde a votação, e o MDC diz que mais de 15 de seus apoiadores foram mortos por grupos pró-Mugabe. O governo nega.
Também ontem, cerca de 200 simpatizantes da oposição que haviam sido detidos pela polícia na última semana foram libertados. Eles foram presos em uma operação das forças de segurança na sede do MDC em Harare.
Segundo as forças de segurança, a operação foi uma busca por material subversivo. Membros de uma ONG independente de observadores eleitorais também foram presos na capital.
O secretário-geral do MDC, Tendai Biti, disse ontem em Nova York que a situação é "desesperadora". Ele pediu ao Conselho de Segurança da ONU que nomeie um enviado especial ao país para ajudar a resolver a crise, mas não obteve resposta.