São Paulo, sábado, 30 de abril de 2011

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Obama promete ajuda a área afetada por série de tornados

Desastre natural, o mais letal desde o furacão Katrina, matou pelo menos 318 no sul dos EUA em uma semana

Em visita a cidade no Alabama, presidente não fala em cifras, mas diz que fará "tudo o que puder" por reconstrução

ÁLVARO FAGUNDES
DE NOVA YORK

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que o governo vai ajudar na reconstrução das cidades do sul do país afetadas pelos tornados que mataram pelo menos 318 pessoas nesta semana.
"Nós vamos fazer tudo o que pudermos para ajudar na reconstrução dessas comunidades", disse Obama em Tuscaloosa, a cidade do Alabama que se tornou um dos símbolos da catástrofe, com ao menos 36 mortos e regiões inteiras devastadas pelos fortes ventos da quarta-feira e da quinta-feira.
Acompanhado da primeira-dama, Michelle, ele disse que nunca houve uma devastação como a que ocorreu na região -outros sete Estados também foram afetados.
"Vamos assegurar que vocês não sejam esquecidos", afirmou o presidente durante visita a casas e estabelecimentos comerciais que viraram apenas escombros.
Com a decisão de ir logo para o Alabama (o Estado mais afetado, com 228 mortes confirmadas), Obama buscou se distanciar da postura adotada por George W. Bush, em 2005, na passagem do furacão Katrina.
Na época, Bush foi muito criticado por uma ação que foi considerada lenta para ajudar os desabrigados.
O governo Obama também foi criticado no ano passado por sua atuação durante o vazamento de petróleo no golfo do México.
A série de tornados desta semana já é considerada a mais letal desde 1932 e a terceira pior da história dos EUA. É o desastre natural que matou mais pessoas desde o Katrina, que também afetou os Estados do sul e deixou mais de 1.800 mortos.
Como as buscas por sobreviventes ainda continuam, o número de mortos deve crescer. Além disso, milhares de pessoas ficaram feridas e 1 milhão continuava sem luz no fim da tarde de ontem -isso sem contar as que tiveram suas casas completamente destruídas.
O prefeito de Tuscaloosa, Wal Maddox, disse que tinha afirmado anteriormente às autoridades federais que a cidade vivia um desastre, mas mudou de opinião: "Eu classificaria como um pesadelo".
Não havia alertas de tornado nos EUA ontem, pelo menos até o início da noite.
Segundo a empresa Eqecat, de cálculos, as perdas com seguro de propriedade devem ficar entre US$ 2 bilhões e US$ 5 bilhões. Essa conta, no entanto, é muito maior, porque envolve entre outras coisas os dias perdidos pelas empresas.
O desastre acontece num momento em que os EUA buscam cortar gastos para tentar conter o deficit, que coloca em xeque a recuperação da economia americana a longo prazo.


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