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Israel denuncia "hipocrisia" de pacto sobre proliferação nuclear
Cúpula para revisão do TNP pediu adesão do país ao tratado
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Israel, que é considerada a
única potência nuclear do
Oriente Médio, criticou ontem "a hipocrisia" do acordo
de revisão do Tratado de Não
Proliferação Nuclear (TNP).
O texto final da cúpula, encerrada anteontem em Nova
York, menciona explicitamente Israel e não cita o Irã.
O documento determinou
a convocação para 2012 de
uma conferência sobre uma
zona livre da bomba no
Oriente Médio.
E também reafirmou a importância de Israel aderir ao
TNP e franquear suas instalações nucleares a inspetores
da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).
O governo israelense disse
que o acordo "é profundamente hipócrita", na medida
em que trata seu país de maneira distinta da abordagem
feita em relação a Índia, Paquistão e Coreia do Norte.
Os três últimos possuem
armas atômicas e não são
signatários do TNP. Israel,
que não nega nem confirma
possuir artefatos, também
não subscreveu o tratado.
Para o país, a revisão do
TNP "ignora a realidade do
Oriente Médio e as ameaças à
região e ao mundo".
Segundo uma autoridade
ouvida pela agência France
Presse, o que mais incomodou os israelenses foi o fato
de o Irã não ter sido mencionado na declaração final.
Signatária do acordo de
não proliferação, Teerã está
sob intensa pressão da comunidade internacional por
conta de seu programa nuclear, suspeito de ter finalidades militares.
O Irã nega motivação bélica e reivindica o direito de
desenvolver seu programa
atômico com fins pacíficos
-o que tem amparo nas regras internacionais sobre a
questão.
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