São Paulo, domingo, 30 de maio de 2010

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Israel denuncia "hipocrisia" de pacto sobre proliferação nuclear

Cúpula para revisão do TNP pediu adesão do país ao tratado

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Israel, que é considerada a única potência nuclear do Oriente Médio, criticou ontem "a hipocrisia" do acordo de revisão do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP).
O texto final da cúpula, encerrada anteontem em Nova York, menciona explicitamente Israel e não cita o Irã.
O documento determinou a convocação para 2012 de uma conferência sobre uma zona livre da bomba no Oriente Médio.
E também reafirmou a importância de Israel aderir ao TNP e franquear suas instalações nucleares a inspetores da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).
O governo israelense disse que o acordo "é profundamente hipócrita", na medida em que trata seu país de maneira distinta da abordagem feita em relação a Índia, Paquistão e Coreia do Norte.
Os três últimos possuem armas atômicas e não são signatários do TNP. Israel, que não nega nem confirma possuir artefatos, também não subscreveu o tratado.
Para o país, a revisão do TNP "ignora a realidade do Oriente Médio e as ameaças à região e ao mundo".
Segundo uma autoridade ouvida pela agência France Presse, o que mais incomodou os israelenses foi o fato de o Irã não ter sido mencionado na declaração final.
Signatária do acordo de não proliferação, Teerã está sob intensa pressão da comunidade internacional por conta de seu programa nuclear, suspeito de ter finalidades militares.
O Irã nega motivação bélica e reivindica o direito de desenvolver seu programa atômico com fins pacíficos -o que tem amparo nas regras internacionais sobre a questão.


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