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Cresce consumo global de substâncias ilícitas
DA SUCURSAL DO RIO
A comparação com o relatório
da ONU divulgado no ano passado, com dados principalmente de
2001 a 2003, mostra que houve
um aumento do consumo de
drogas ilícitas.
O número de usuários na época
foi estimado em 185 milhões (ou
4,7% da população entre 15 e 64
anos). No relatório deste ano,
com dados de 2003 e 2004, esse
número chegou a 200 milhões
(5% da população). Desses, 40
milhões foram identificados como usuários regulares.
As drogas ilícitas mais consumidas são a maconha e o haxixe,
com aproximadamente 160,9 milhões de usuários, ou 4% da população entre 15 e 64 anos.
Em comparação com o relatório anterior, foram essas drogas
que apresentaram também
maior crescimento em número
de consumidores, passando de
146,2 milhões para 160,9 milhões.
Em termos proporcionais, no
entanto, o maior aumento foi verificado no consumo de heroína,
que cresceu 15,2%, passando de
9,2 milhões para 10,6 milhões.
As drogas que apresentaram
queda foram as anfetaminas e o
ecstasy. No caso das primeiras,
houve uma redução de 11,5%,
com o número de consumidores
caindo de 29,6 milhões para 26,2
milhões, ou seja, 3,4 milhões a
menos. A diminuição do número
de usuários de ecstasy foi menos
significativa: a redução foi de
4,8% por causa da queda de 8,3
milhões para 7,9 milhões.
Apesar do crescimento do consumo de drogas ilícitas, a ONU
destaca em seu relatório que ele
ainda é muito menor do que o
das lícitas, já que 50% da população entre 15 e 64 anos faz uso de
álcool e 30% de cigarro, um percentual muito superior aos 5%
estimados no caso das substâncias ilícitas.
Brasil
O Brasil não tem grande destaque no texto da ONU. O país não
é citado como produtor em escala
mundial de nenhuma das drogas
pesquisadas, e os níveis de consumo no país são, em geral, menores do que a média no globo.
Segundo o relatório, apenas 1%
da população brasileira entre 15 e
64 anos faz uso de maconha ou
haxixe (a média mundial é de
4%). No caso das anfetaminas, a
porcentagem brasileira é de 0,3%,
ante 0,6% da média mundial. A
proporção de consumidores de
ecstasy no país é igual à da média
mundial, de 0,2%, e a de cocaína,
ligeiramente superior: 0,4% ante
0,3% da média mundial.
Para permitir a comparação
com outros países, a ONU listou
15 nações com características semelhantes (como população e
PIB). Nesse grupo, o Brasil aparece apenas como 12º maior consumidor de maconha e haxixe, 10º
de cocaína e de anfetaminas e 7º
no de ecstasy.
Fazem parte do grupo países
como Argentina, México, EUA,
Espanha e Austrália. Este último
aparece com os maiores percentuais no consumo de maconha e
haxixe, anfetaminas e ecstasy. Os
menores percentuais foram encontrados na China e no Japão.
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