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Uday e Qusay tinham
US$ 100 mi, diz revista
DA REDAÇÃO
Após um intenso cerco na semana passada, os soldados dos
EUA acharam, nos escombros
perto do corpo de Uday Hussein,
sua maleta, segundo descreve a
reportagem de capa da última
edição da revista americana
"Newsweek". O conteúdo incluía
analgésicos, vários frascos de colônia, Viagra, caixas fechadas de
cuecas, camisas usadas, uma gravata de seda e uma camisinha.
Uday e seu irmão, Qusay, também levavam cerca de US$ 100
milhões em dinar iraquiano e dólar e duas bolsas femininas.
"Parecia que eles tinham saído
para uma última noite de diversão, não que haviam morrido numa última batalha", diz o texto.
Os dois filhos de Saddam eram os
números dois e três no baralho
dos mais procurados feito pelos
EUA. O ex-ditador é o primeiro.
A "Newsweek" pergunta se as
mortes vão acalmar a guerrilha
iraquiana, que mata americanos
quase diariamente. Um funcionário da inteligência curda disse à
revista que Uday e Qusay comandavam a guerrilha. Um ex-integrante do governo iraquiano pensa que muitos dos 35 mil homens
leais a Saddam se dividiram em
grupos como "As Brigadas Negras" e "O Exército da Vingança".
A inteligência dos EUA não sabe
dizer com certeza se a guerrilha
no Iraque tem um comando central ou se é feita por grupos de assassinos, segundo a "Newsweek".
Espera-se que a resistência fique
desmoralizada após a morte dos
dois homens, que personificavam
a crueldade do regime deposto.
Mas muitos iraquianos duvidaram da morte de ambos, de acordo com o texto. Pelas primeiras
fotos divulgadas, a reportagem
afirma que os dois homens poderiam ser qualquer pessoa tirada
de um necrotério. Então, no dia
seguinte, as redes de TV puderam
filmar Uday e Qusay arrumados,
mas ainda com marcas de balas.
Para a "Newsweek", alguns iraquianos não ficaram convencidos
e provavelmente nunca ficarão.
Os EUA caçaram por meses os
filhos de Saddam, mas com pistas
falsas, até que, em 22 de julho, a
revista relata que soldados bateram na porta de uma mansão, em
Mossul. O dono, Nawaf al Zaidan,
46, abriu a porta. Oportunista que
se gaba de suas relações, ele estava
perto de seu maior feito, segundo
a "Newsweek". Uday e Qusay tinham, cada um, a proteção de só
um guarda-costas. Com a morte
dos filhos de Saddam, Al Zaidan
deverá receber US$ 30 milhões.
Com agências internacionais
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