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CHILE
Evasão é estimada em US$ 625 mil
Filho de Pinochet é preso por fraude fiscal
DA REDAÇÃO
O empresário Augusto Pinochet Hiriart, filho mais velho do
ex-ditador chileno Augusto Pinochet (1973-1990), foi preso ontem
na capital do Chile, Santiago, por
suposto envolvimento em um caso de fraude fiscal.
A prisão acontece duas semanas
depois de uma comissão do Senado americano revelar que o ex-ditador manteve, de 1994 a 2002, entre US$ 4 milhões e US$ 8 milhões
em contas bancárias no Riggs
Bank de Washington, o que levou
à abertura de uma investigação
judicial no Chile sobre os bens do
ex-ditador e de sua família.
Ontem, o Serviço de Impostos
Internos do Chile anunciou o início de uma investigação sobre as
contas do ex-ditador, para determinar se durante o período houve
também sonegação de impostos.
Pinochet Hiriart foi detido por
ordem de uma corte da cidade de
Curicó (201 km ao sul da capital).
O chamado "Caso Faturas" data
de 2002. Naquele ano, o SII encaminhou um pedido para que o
Ministério Público investigasse a
existência de uma milionária
fraude tributária com faturas falsificadas em vendas de automóveis. Autoridades locais estimam
que a fraude pode ter evadido dos
cofres chilenos aproximadamente US$ 625 mil.
O nome de Pinochet Hiriart
surgiu no caso durante o interrogatório do líder da quadrilha, o
também comerciante Carlos Araya Polgar, preso em abril do ano
passado.
Essa não é a primeira vez que Pinochet Hiriart aparece envolvido
em processos judiciais.
Em 1990, o comerciante foi investigado por uma comissão do
Parlamento chileno depois de ter
vendido ao Exército, a mando de
seu pai, uma fábrica de fuzis em
uma operação de US$ 3 milhões.
A investigação foi interrompida
em meados da década de 90,
quando o então presidente
Eduardo Frei alegou "razões de
Estado" para não levar aos tribunais o filho do ex-ditador.
Em 1998, também em Curicó,
Pinochet Hiriart foi acusado de
fraude por ter comprado veículos
e não tê-los pago. O comerciante
alegou que passava por dificuldades econômicas, e o processo foi
arquivado.
O advogado do empresário, Aldo Duque, disse que não entende
a prisão e manifestou sua inquietação porque ela ocorre "em um
momento especial", referindo-se
às investigações sobre os bens do
ex-ditador.
Com agências internacionais
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