São Paulo, sexta-feira, 30 de julho de 2004

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Premiê pede força militar muçulmana

DA REDAÇÃO

O premiê interino do Iraque, Iyad Allawi, exortou os países islâmicos a contribuir para uma força militar muçulmana, seguindo uma proposta feita pela Arábia Saudita. Mas, enquanto os muçulmanos estudam enviar soldados ao Iraque, a Ucrânia negocia a redução, ou até a retirada, de seu contingente -o quarto maior no país, com 1.650 soldados.
Com a aproximação das eleições presidenciais e a crescente violência contra estrangeiros no Iraque, o ministro da Defesa, Vyacheslav Bolotniuk, disse que haverá uma "redução das tropas".
A coalizão liderada pelos EUA tem sido solapada por constantes ataques e por seqüestros de estrangeiros, que, no pior caso, resultaram na retirada do contingente filipino, de 51 homens.
A presença de uma tropa islâmica poderia reduzir as tensões com a insurgência e liberar parte das tropas dos EUA, que mantêm no Iraque 135 mil soldados.
Allawi, que se reuniu ontem com o secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, disse que as forças não incluirão países vizinhos ao Iraque -Kuait, Arábia Saudita, Irã, Jordânia, Síria e Turquia. Os soldados viriam da Ásia ou da África.
A proposta já repercutiu entre os insurgentes: um grupo terrorista ameaçou atacar países muçulmanos que colaborem com as forças. "Não ficaremos em silêncio se soldados de países árabes ou muçulmanos forem enviados ao Iraque", diz o comunicado divulgado na Internet. "Atacaremos com mão-de-ferro todos os traidores dos governos árabes."
A Arábia Saudita anunciou que, em breve, pagará US$ 1 bilhão em fundos de assistência prometidos ao Iraque. Metade do valor servirá para financiar projetos de reconstrução, e a outra metade será usada em incentivos à exportação.


Com agências internacionais

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