São Paulo, sábado, 30 de julho de 2011

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Crescimento menor que o esperado agrava cenário

DE WASHINGTON

A economia americana está crescendo mais lentamente ainda do que o esperado e quase parou no início do ano, mostraram dados divulgados ontem pelo Departamento do Comércio dos EUA.
No trimestre encerrado em junho, o PIB subiu 1,3% comparado ao trimestre anterior, de forma anualizada.
Os dados de janeiro a março foram revisados para um avanço pífio de 0,4%, contra 1,9% da projeção anterior.
O governo também reviu para baixo os dados de 2008 e 2009, mostrando que a retração foi mais aguda.
O número de junho ficou abaixo das expectativas do mercado, que já começa a alterar suas projeções para o segundo semestre -quando se esperava que a economia ganhasse algum fôlego.
O Federal Reserve, banco central americano, trabalha por ora com uma estimativa de crescimento entre 2,7% e 2,9% para 2011, mas a brusca revisão dos dados deve alterar essa previsão.
O consenso entre analistas é que para a economia voltar a rodar de forma sustentável é preciso crescimento de 3%.
Só assim, explicam, as empresas voltariam a contratar e o desemprego recuaria de fato, estimulando o consumo e, logo, a produção. O número de ontem também torna o cenário de médio prazo mais sombrio.
O longo impasse sobre o teto da dívida no Congresso levou o país à beira de um calote, sob pena de ter sua nota reduzida pelas agências de avaliação de risco -o que pode elevar os juros sobre os títulos do Tesouro, afetando taxas domésticas e globais.
O impasse também envolve os cortes no Orçamento, o que, segundo economistas, terá efeito negativo sobre a incipiente produção.
As Bolsas americanas recuaram ainda mais com a perspectiva -0,65% o índice S&P e 0,79% o Dow Jones. A queda de 3,9% do S&P nos últimos cinco dias marca sua pior semana em um ano. (LC)


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