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Financiamento ao terror continua
DA REDAÇÃO
A campanha internacional para impedir o financiamento de atividades da rede terrorista Al Qaeda estagnou, e a rede de Osama bin Laden vem tendo acesso a dezenas de milhões de dólares, segundo um relatório da ONU.
A rede "continua tendo acesso a consideráveis fontes de recursos econômicos e financeiros apesar do êxito inicial em localizar e congelar" seus fundos, afirma o documento da ONU.
O relatório diz que a Al Qaeda continua a ser financiada pela herança pessoal de Bin Laden, além de receber dinheiro de supostas organizações beneficentes.
O documento, escrito por um Grupo de Monitoramento da ONU sobre a Al Qaeda, afirma que os financiadores da rede na África do Norte, no Oriente Médio e na Ásia manipulam pelo menos US$ 30 milhões em investimentos. Algumas estimativas falam em até US$ 300 milhões.
De acordo com o relatório, a Al
Qaeda é suspeita de ter contas
bancárias em nome de intermediários -que não foram identificados- em Dubai, Hong Kong,
Reino Unido, Malásia e Áustria.
Doações particulares para a rede continuam, segundo a ONU.
"A Al Qaeda está "apta e em boas
condições", preparada para atacar
novamente", afirma o relatório.
Após os atentados de 11 de setembro contra o World Trade
Center, em Nova York, e o Pentágono, nos arredores de Washington, os EUA e outros países que
integram a ONU congelaram
mais de US$ 112 milhões pertencentes a supostos membros da Al
Qaeda e simpatizantes.
No final do ano passado, por
exemplo, o governo norte-americano congelou os ativos de 62 pessoas e organizações conectadas a
duas redes financeiras que
apóiam o terrorismo. De acordo
com o presidente George W.
Bush, a Al Taqwa dava auxílio financeiro à Al Qaeda, e a Al Barakat, em Boston, pertencia a um
amigo e colaborador do terrorista
saudita Bin Laden.
Apesar dessas ações iniciais, nos
últimos oito meses apenas US$ 10
milhões foram congelados, diz o
documento da ONU.
Entre as razões que dificultaram
os esforços para atrapalhar a atuação do sistema financeiro da Al
Qaeda, estão a decisão do grupo
de investir em metais e pedras
preciosas, os controles fronteiriços -considerados ineficientes- em diversos países da Europa e a dificuldade em fornecer informações completas sobre suspeitos de pertencer à rede Al Qaeda. O relatório, redigido por uma
comissão formada logo após os
atentados, recomenda que "os Estados melhorem a troca de informações".
Washington descreveu o relatório como "incompleto" e disse
que os esforços para deter os grupos terroristas têm sido bem-sucedidos. Para o Departamento do
Tesouro, o relatório é "limitado
em seu alcance porque baseia sua
análise principalmente em dados
submetidos pelos países segundo
a 1.373 [resolução da ONU relacionada ao terrorismo]".
Com agências internacionais
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