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ÁSIA
Líder chinês de grupo anti-Aids desaparece
DA ASSOCIATED PRESS
Um proeminente ativista chinês que luta pela educação sobre a Aids na China está desaparecido, e o grupo que ele fundou foi proibido, relataram ontem grupos de
defesa dos direitos humanos.
A polícia secreta chinesa estava seguindo Wan Yanhai desde que a organização fundada por ele, Projeto de Ação Aids, foi banida, em 1º de julho, afirmou ontem o Centro de Informações pelos Direitos Humanos e a Democracia.
Wan foi visto pela última vez em um festival de cinema gay, no sábado, em um café de Pequim, segundo o Centro de Informações, com sede em Hong Kong, e
o grupo Direitos Humanos na China, com sede em Nova York.
Ex-funcionário do Ministério da Saúde chinês, Wan fundou o Projeto de Ação Aids em 1994 para fazer campanhas de educação pública sobre a Aids e o HIV. O
grupo também combate a discriminação de pessoas infectadas com o HIV e defende os direitos de homossexuais.
Na semana passada, Wan postou em seu site (www.aizhi.org)
um documento interno do governo chinês preparado por autoridades da Província de Henan que incluía estatísticas sobre uma epidemia de Aids na região.
No domingo, o jornal "The New York Times" publicou uma reportagem sobre o tema. Segundo o texto, práticas pouco higiênicas de centros de coleta de sangue
montados no início dos anos 90 em Henan causaram uma epidemia de Aids na região.
Na época, camponeses vendiam sangue para complementar sua renda. As amostras de sangue eram misturadas e centrifugadas para a retirada do plasma -que
era vendido a companhias farmacêuticas-, e os glóbulos vermelhos eram reinjetados nos camponeses, dizia a reportagem.
Segundo o jornal americano, anúncios do governo chinês asseguravam a população de que vender sangue era seguro.
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