São Paulo, terça-feira, 30 de agosto de 2005

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Jazz, carnaval e história são as marcas locais

SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO

Até a passagem do Katrina por Nova Orleans, onde vivem 485 mil habitantes, todo dia era dia de Mardi Gras, o Carnaval local, no Quarteirão Francês. Chamada de Big Easy, a cidade, ora inundada e às escuras, recebe 10 milhões de turistas ao ano (duas vezes mais do que o Brasil) e é frágil, com prédios históricos à beira do rio Mississippi. Colonial, o Quarteirão Francês é um bairro que ocupa seis quadras de frente para o Mississippi e se estende, no outro sentido, por 12 quarteirões, até o limite com o entorno moderno.
Parte do maior negócio imobiliário da história, a compra da Louisiana pelo presidente Thomas Jefferson, em 1803, foi feita numa época em que Nova Orleans era o mais movimentado porto norte-americano. Então imperador da França, Napoleão precisava de dinheiro para consolidar seu poderio europeu e levou, à época, US$ 15 milhões. Jefferson, por outro lado, praticamente dobrou o território dos EUA.
O centro histórico de Nova Orleans tem, entretanto, raízes ainda no tempo de Luís 14, o Rei Sol dos franceses, em cuja homenagem a região da Louisiana foi batizada quando era um território indígena infestado de insetos e jacarés.
Em 1885, Nova Orleans, que também foi ocupada pelos espanhóis e que recebeu muitos escravos africanos, se tornaria o berço do jazz. Gravado pela primeira vez em 1917, o jazz consagrou Nova Orleans e músicos pioneiros, como Louis Armstrong.
Mas Nova Orleans também tem fortes vínculos com a literatura: inspirou a peça "Um Bonde Chamado Desejo", de Tennessee Williams, e autores como Mark Twain, Truman Capote, John Dos Passos e Anne Rice.


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