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Jazz, carnaval e história são as marcas locais
SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO
Até a passagem do Katrina por
Nova Orleans, onde vivem 485
mil habitantes, todo dia era dia de
Mardi Gras, o Carnaval local, no
Quarteirão Francês. Chamada de
Big Easy, a cidade, ora inundada e
às escuras, recebe 10 milhões de
turistas ao ano (duas vezes mais
do que o Brasil) e é frágil, com
prédios históricos à beira do rio
Mississippi. Colonial, o Quarteirão Francês é um bairro que ocupa seis quadras de frente para o
Mississippi e se estende, no outro
sentido, por 12 quarteirões, até o
limite com o entorno moderno.
Parte do maior negócio imobiliário da história, a compra da
Louisiana pelo presidente Thomas Jefferson, em 1803, foi feita
numa época em que Nova Orleans era o mais movimentado
porto norte-americano. Então
imperador da França, Napoleão
precisava de dinheiro para consolidar seu poderio europeu e levou,
à época, US$ 15 milhões. Jefferson, por outro lado, praticamente
dobrou o território dos EUA.
O centro histórico de Nova Orleans tem, entretanto, raízes ainda
no tempo de Luís 14, o Rei Sol dos
franceses, em cuja homenagem a
região da Louisiana foi batizada
quando era um território indígena infestado de insetos e jacarés.
Em 1885, Nova Orleans, que
também foi ocupada pelos espanhóis e que recebeu muitos escravos africanos, se tornaria o berço
do jazz. Gravado pela primeira
vez em 1917, o jazz consagrou Nova Orleans e músicos pioneiros,
como Louis Armstrong.
Mas Nova Orleans também tem
fortes vínculos com a literatura:
inspirou a peça "Um Bonde Chamado Desejo", de Tennessee Williams, e autores como Mark
Twain, Truman Capote, John Dos
Passos e Anne Rice.
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