DO "FINANCIAL TIMES", EM ISLAMABAD

O acordo entre Pervez Musharraf e a líder oposicionista exilada Benazir Bhutto não tem o apoio unânime dos representantes que formam a atual base do general no Congresso, o que ameaça pôr em risco sua reeleição pelo Parlamento.
No Partido da Liga Muçulmana-Q (Quaid-e-Azam), que apóia o regime, as dissidências tornam difícil saber quantos dos 200 deputados -na Câmara de 342 assentos- continuarão apoiando a reeleição. Um líder do partido disse que ao menos 12 partidários votarão contra o general.
"Os ratos estão abandonando o navio que afunda. Essa aliança está longe de concluída", disse o advogado Tariq Hasan.
Analistas alertaram que muitos dos membros do PLM-Q que desertaram do Partido da Liga Muçulmana-Nawaz, liderada pelo ex-primeiro-ministro Nawar Sharif, podem tentar retornar à bancada com a recuperação da popularidade do ex-premiê -que obteve, na semana passada, aval da Suprema Corte para voltar do exílio.
Sharif disse estar decepcionado com a aliança de Bhutto com o general, que chamou de "violação clara" do acordo anterior, entre os dois líderes oposicionistas, para a volta da democracia no Paquistão.

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