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ORIENTE MÉDIO
Já o líder do levante defende ações contra Israel
Ex-chefe da segurança palestina diz que Intifada é prejudicial
DA REDAÇÃO
Duas proeminentes figuras da
nova geração de líderes palestinos
divergiram ontem em declarações separadas sobre os resultados da atual Intifada (levante contra a ocupação israelense), iniciada há três anos.
"A situação dos palestinos era
melhor antes da eclosão da atual
Intifada do que agora", afirmou
ontem o ex-chefe da segurança
palestina Mohammed Dahlan.
Ele é um dos principais opositores do presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Iasser
Arafat, e deixou o governo após a
renúncia do então premiê Mahmoud Abbas, mais conhecido como Abu Mazen.
Já Marwan Barghouti, um dos
líderes da atual Intifada, disse não
lamentar o levante contra a ocupação israelense, iniciado em
2000. A declaração foi dada em
um tribunal de Israel, onde ele está preso sob a acusação de envolvimento com terrorismo.
Em entrevista, Dahlan disse que
pegar em armas para combater
Israel foi um erro.
Para ele, a primeira Intifada palestina, entre 1987 e 93, na qual
manifestantes enfrentavam soldados israelenses com pedras e
garrafas, foi bem mais eficaz do
que a atual a Intifada, em que são
usadas bombas e fuzis.
"Na primeira, conseguimos voltar para a nossa terra", afirmou
Dahlan, que retornou do exílio
em meados dos anos 90, assim como Arafat. Antes da atual Intifada, para o ex-chefe da segurança,
os palestinos estavam próximos
de conseguir o seu Estado, em negociações com o então premiê israelense Ehud Barak.
Em um tribunal de Tel Aviv,
Barghouti afirmou, ao se defender de acusações de terrorismo
(que ele nega), que é melhor
"morrer do que viver sob a ocupação". E acrescentou em hebraico:
"Sou orgulhoso de fazer parte da
Intifada e de resistir à ocupação
israelense. Hoje três anos se passaram [do início da Intifada], e espero que os israelenses tenham
aprendido que os palestinos não
podem ser derrotados pela força."
Arafat
Arafat convocou ontem o seu
médico pessoal, o jordaniano
Ashraf al Kurdi, para tratar de
uma gripe que o deixou de cama
todo o final de semana. Mais tarde, ele disse estar melhor.
Com agências internacionais
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