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ARGENTINA
Um dos feridos recebe alta
Pai pede perdão por assassinatos do filho
CLÁUDIA DIANNI
DE BUENOS AIRES
O pai do adolescente argentino
R.S.J., que atirou em seus companheiros de classe da escola pública Ilhas Malvinas, em Carmen de
Patagones (sul) anteontem, pediu
perdão às famílias das vítimas ontem. O ataque deixou três alunos
mortos e cinco feridos.
De acordo com o prefeito da cidade, Ricardo Curetti, o pedido
de perdão foi feito por telefone.
"Ele estava arrasado e não podia
estabelecer um diálogo. Só pedia
perdão", disse. O pai do adolescente de 15 anos, dono da arma
usada no massacre, é um policial
naval.
Ontem, centenas de pessoas,
entre vizinhos, familiares e estudantes, acompanharam o cortejo
fúnebre dos três adolescentes. Os
moradores planejam para hoje
uma marcha em homenagem às
vítimas.
Um dos cinco adolescentes feridos recebeu alta ontem. Os demais continuam internados em
estado grave, mas segundo os
hospitais, com boa evolução.
Juan Carlos Blumberg, que se
transformou em líder de protestos contra a violência no país depois que seu filho Axel foi morto
em um seqüestro, em abril, disse
que pode participar da marcha.
"Foi um erro fatal. A arma não deveria estar em poder do menino,
que, claramente, tem perturbações mentais. O pai deveria ser
responsabilizado", disse Blumberg, favorável à redução da imputabilidade penal para 14 anos.
O policial Adrian Otero afirmou
que nenhum familiar telefonou
ou visitou R.S.J. desde que ele chegou à delegacia da cidade, na terça-feira. Ontem ele foi transferido
para o juizado de menores.
Segundo o jornal "La Nación",
dias antes do crime, a escola passou o filme "Tiros em Columbine", documentário sobre o massacre na escola em Littleton, nos
EUA, em que dois alunos mataram 13 colegas a tiros, em 1999.
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