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O IMPÉRIO VOTA - RETA FINAL
"Americanos não serão intimidados", diz o presidente; Kerry critica Bush por não ter acabado com Bin Laden e se diz mais preparado
Bush e Kerry pregam união contra terror
DA REDAÇÃO
O presidente norte-americano,
George W. Bush, disse ontem que
os "americanos não serão intimidados" pela nova fita do terrorista
Osama bin Laden divulgada ontem, a quatro dias da eleição presidencial. Já o seu rival de campanha John Kerry criticou o atual
governo por não ter conseguido
capturar Bin Laden e disse que
pode "promover uma guerra
mais efetiva contra o terror".
A repentina aparição da fita de
Bin Laden tumultuou a reta final
da campanha, acentuando ainda
mais o tema do terrorismo. Bush
e Kerry se colocaram rapidamente diante das câmeras de TV para
comentá-la.
Numa aparente intenção de influenciar a disputa, Bin Laden disse que "a melhor maneira de evitar um novo desastre" era não
provocar a ira árabe e sugeriu que
os democratas seriam uma melhor alternativa.
"Deixe-me dizer isto bem claro", disse Bush em Toledo, Ohio.
"Os americanos não serão intimidados ou influenciados por um
inimigo de nosso país. Tenho certeza de que o senador Kerry concorda com isso."
"Estamos em guerra contra esses terroristas e temos confiança
de que venceremos", disse Bush.
Durante a campanha, os republicanos têm insistido em colar
em Kerry a imagem de indeciso e
contraditório, características que
prejudicariam o combate ao terror. O vice-presidente, Dick Cheney, chegou a dizer que, se Kerry
vencer, os EUA podem sofrer um
ataque ainda pior do que o do 11
de Setembro.
O democrata também fez o discurso da união: "Democrata, republicano, não existe isso. Existe
apenas a América, e nós estamos
todos unidos para caçar e capturar ou matar aqueles que realizaram aquele ataque [11 de Setembro] e sempre soubemos que foi
Osama bin Laden".
"Minha reação é que todos nós
estamos completamente unidos",
disse Kerry, que, no entanto, prometeu ser mais eficiente do que o
republicano contra o terror.
Em entrevista a uma rádio,
Kerry voltou a criticar o presidente Bush por não ter localizado Bin
Laden: "Ele não escolheu usar as
forças americanas para caçar Bin
Laden. Ele terceirizou a tarefa",
atacou o democrata.
A reposta de Bush à crítica de
Kerry veio em seguida: "Meu
oponente continua dizendo coisa
que ele sabe não ser verdade. Isso
é especialmente vergonhoso à luz
da nova fita do inimigo da América", disse, em discurso.
Kerry tem criticado Bush durante a campanha por não conseguir capturar o líder dos terroristas que promoveram os ataques
do 11 de Setembro. O democrata
diz que o governo deveria ter concentrado forças na captura de Bin
Laden no Afeganistão em vez de
priorizar a Guerra do Iraque.
"Estou absolutamente convencido de que tenho a habilidade para fazer da América um lugar
mais seguro", disse Kerry.
"Em resposta ao vídeo de Osama bin Laden, deixem-me afirmar claramente, muito claramente, que nós, norte-americanos, estamos unidos em nossa decisão
de perseguir e destruir Osama bin
Laden e os terroristas", declarou o
democrata a jornalistas no aeroporto de West Palm Beach, no Estado da Flórida.
Com agências internacionais
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