São Paulo, sábado, 30 de outubro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Leia trechos da declaração do terrorista saudita

NOVA MANHATTAN
"A vocês, americanos, minha mensagem é sobre a melhor maneira de ter uma nova Manhattan, sobre a guerra, os motivos e resultados. Eu digo a vocês: segurança é um elemento importante da vida humana, e pessoas livres não devem desistir dela. Se Bush diz que nós odiamos a liberdade, deixe-o explicar porque não atacamos a Suécia, por exemplo. Quem odeia a liberdade não tem alma nobre, como aqueles 19 santos [os sequestradores do 11/9]."

SOMOS LIVRES
"Nós lutamos porque somos pessoas livres que querem ter de volta a liberdade da nossa nação. Como vocês minaram a nossa segurança, minamos a de vocês."

PAI E FILHO
"Nós não achamos difícil lidar com Bush e sua administração porque é similar a regimes em nossos países, onde metade é regida por militares e a outra metade é comandada por filhos de reis e presidentes. Temos longa experiência com eles."

INVEJA DOS BUSHES
"Ele [Bush pai] os inveja [os regimes ditatoriais do Oriente Médio] por ficarem no poder por décadas, desviando a riqueza do país. Assim, ele transferiu tirania e opressão para seu filho e eles chamam isso de "lei de segurança nacional" sob o pretexto de lutar contra o terrorismo. Bush pai fez bem ao instalar seus filhos como governadores de Estados e não esqueceu de transferir sua experiência para a Flórida para beneficiá-los em momentos de crise."

RAZÃO DO 11/9
"Apesar de estarmos no quarto ano depois dos incidentes do 11 de Setembro, Bush está enganando vocês ao esconder a verdadeira razão. Por isso, tudo que vocês precisam é repetir o que aconteceu. Falarei com vocês sobre a razão por trás desses ataques e os direi sobre o momento em que aquela decisão foi tomada.
Alá sabe que não nos tinha ocorrido atacar as torres, mas, depois que a nossa paciência se esgotou e vimos a injustiça e a inflexibilidade da aliança israelo-americana em relação ao nosso povo na Palestina e no Líbano, isso veio à nossa cabeça. Os incidentes que me afetaram diretamente voltam até 1982, e o que se seguiu quando a América deu a Israel a permissão para invadir o Líbano com a ajuda da 6ª Frota americana.
Nesse período difícil, muitos pensamentos me vieram. Trouxeram um desejo forte de rejeitar a injustiça e criaram uma forte determinação de punir aqueles que cometeram a injustiça. Enquanto estava olhando para aquelas torres destruídas no Líbano, veio à minha cabeça punir aquelas pessoas injustas da mesma maneira, destruir torres na América para fazê-los sentir o que nós tínhamos sentido e dissuadi-los de matar nossas crianças e mulheres."

LENTIDÃO DE BUSH
"Concordamos com o comandante-em-chefe, Mohammed Atta [líder dos seqüestradores do 11/9], que a misericórdia de Alá esteja com ele, que levasse adiante toda a operação dentro de 20 minutos -fazer isso antes que Bush e sua administração se dessem conta [do que estava acontecendo]. Não nos ocorreu que o comandante-em-chefe das forças americanas deixaria 50 mil de seus cidadãos nas duas torres [do World Trade Center] para enfrentar aquele grande choque sozinhos, em um momento em que mais precisavam dele.
Parece que, para ele, estar ocupado com o que aquela criança disse sobre uma cabra [Bush recebeu a notícia dos ataques quando estava em uma escola e ouvia uma história sobre cabras] é mais importante do que estar ocupado com aviões alvejando arranha-céus. E isso nos deu três vezes mais força de que precisávamos para levar a operação adiante, graças a Alá."

SEGURANÇA
"A segurança de vocês não está nas mãos de Kerry ou Bush ou Al Qaeda. A segurança de vocês está em suas próprias mãos, e todo Estado que não mexer com a nossa segurança terá segurança."


Texto Anterior: Bin Laden reaparece a 4 dias da eleição
Próximo Texto: O império vota - Reta final: Bush e Kerry pregam união contra terror
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.