São Paulo, terça-feira, 30 de outubro de 2007

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Coalizão de Uribe triunfa em eleições na Colômbia

Mas oposição de esquerda confirma espaço político

DA REDAÇÃO

A coalizão que sustenta o governo conservador do presidente Álvaro Uribe, na Colômbia, saiu vitoriosa das eleições de anteontem. Com as apurações praticamente fechadas, os partidos da aliança governista, Cambio Radical, La U e Alas Equipo, fizeram 17 dos 32 governadores de departamento.
Os colombianos escolheram também novos prefeitos, deputados regionais e vereadores.
Segundo o jornal "El Tiempo", o resultado das eleições também confirmou o espaço político do Polo Democrático Alternativo, principal legenda da oposição de esquerda. O PDA elegeu o prefeito de Bogotá, considerado o segundo posto político mais importante do país, atrás apenas da Presidência. O partido manteve assim a Prefeitura da capital, que já estava em suas mãos, derrotando o candidato de Uribe.
Além disso, o PDA, que emergiu como a segunda maior força política no país nas eleições presidenciais do ano passado, conquistou também o governo de dois departamentos importantes, Santander e Nariño.
Apesar da derrota na capital colombiana, a coalizão de Uribe levou 694 das 1.098 prefeituras, contra mais 19 do PDA e 207 do Partido Liberal, também de oposição e que se confirma como terceira força política colombiana. Os liberais levaram também seis departamentos.
O "El Tiempo" avalia que, em "alguns locais", os eleitores "castigaram" os candidatos ligados à "parapolítica". O jornal refere-se às investigações e acusações de ligações entre membros do governo Uribe e os paramilitares, milícias armadas de direita criadas para combater as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e que se envolveram, como elas, com tráfico de drogas e seqüestros para se financiarem.
Apesar de as campanhas precedentes à eleição terem sido marcadas pela violência, com um saldo de 29 políticos mortos, observadores da OEA (Organização dos Estados Americanos) registraram que a votação de domingo foi normal.
No povoado de Argelia, no sudoeste do país, porém, ameaças das Farc intimidaram os eleitores, que não foram às urnas. No mesmo povoado um policial foi morto, supostamente por guerrilheiros das Farc.


Com agências internacionais


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