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Coalizão de Uribe triunfa em eleições na Colômbia
Mas oposição de esquerda confirma espaço político
DA REDAÇÃO
A coalizão que sustenta o governo conservador do presidente Álvaro Uribe, na Colômbia, saiu vitoriosa das eleições
de anteontem. Com as apurações praticamente fechadas, os
partidos da aliança governista,
Cambio Radical, La U e Alas
Equipo, fizeram 17 dos 32 governadores de departamento.
Os colombianos escolheram
também novos prefeitos, deputados regionais e vereadores.
Segundo o jornal "El Tiempo", o resultado das eleições
também confirmou o espaço
político do Polo Democrático
Alternativo, principal legenda
da oposição de esquerda. O
PDA elegeu o prefeito de Bogotá, considerado o segundo posto político mais importante do
país, atrás apenas da Presidência. O partido manteve assim a
Prefeitura da capital, que já estava em suas mãos, derrotando
o candidato de Uribe.
Além disso, o PDA, que emergiu como a segunda maior força
política no país nas eleições
presidenciais do ano passado,
conquistou também o governo
de dois departamentos importantes, Santander e Nariño.
Apesar da derrota na capital
colombiana, a coalizão de Uribe
levou 694 das 1.098 prefeituras,
contra mais 19 do PDA e 207 do
Partido Liberal, também de
oposição e que se confirma como terceira força política colombiana. Os liberais levaram
também seis departamentos.
O "El Tiempo" avalia que, em
"alguns locais", os eleitores
"castigaram" os candidatos ligados à "parapolítica". O jornal
refere-se às investigações e
acusações de ligações entre
membros do governo Uribe e os
paramilitares, milícias armadas de direita criadas para combater as Farc (Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia)
e que se envolveram, como elas,
com tráfico de drogas e seqüestros para se financiarem.
Apesar de as campanhas precedentes à eleição terem sido
marcadas pela violência, com
um saldo de 29 políticos mortos, observadores da OEA (Organização dos Estados Americanos) registraram que a votação de domingo foi normal.
No povoado de Argelia, no
sudoeste do país, porém, ameaças das Farc intimidaram os
eleitores, que não foram às urnas. No mesmo povoado um
policial foi morto, supostamente por guerrilheiros das Farc.
Com agências internacionais
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