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Revista dos EUA retrata afeto, crises e rotina de Michelle e Barack Obama
DE NOVA YORK
O casamento de 17 anos do
presidente dos EUA, Barack
Obama, e da primeira-dama,
Michelle Obama, foi dissecado em uma extensa reportagem na revista do "New York
Times" desta semana. No país
que consagrou a sigla PDA
(demonstração pública de
afeto, na sigla em inglês) para
discutir o que são gestos aceitáveis na presença de outros,
o casal Obama se tornou referência com os incontáveis
apertos de mão, olhares e beijos em público.
Obama e a mulher falam do
casamento, das dificuldades
de adaptar o cotidiano aos rituais da Casa Branca e das
inevitáveis crises em relacionamentos de longa duração.
Mais do que segredos da rotina do casal, como o fato de
Obama chamar Michelle de
Flotus (sigla usada para a primeira-dama dos EUA), a reportagem mostra que Michelle está cada vez mais próxima
da agenda política do marido,
ao contrário do início da carreira, quando evitava aparecer em eventos de campanha.
Hoje o casal, segundo o "Times," mistura como nenhum
outro romance e política, e
Michelle é uma das principais
vozes do governo em assuntos como a reforma da saúde.
Ao contrário do tradicional
modelo de esposa perfeita de
político, a primeira-dama
afirma que todo casamento
tem seus altos e baixos. Eles
relatam que durante a campanha política de Obama, em
que ele viajava e ela cuidava
das crianças, enfrentaram
uma forte crise.
Quando as redes de TV começaram a implicar mais
com a suposta falta de patriotismo da mulher e seu temperamento forte, Obama chegou a se reunir com executivos da Fox para que ela fosse
tratada com mais respeito.
Obama diz que, desde que
assumiu a Casa Branca, a única vez em que ficou realmente irritado foi quando resolveu levar a mulher para jantar
e assistir a um espetáculo em
Nova York. "A noção de que
não poderia levar minha mulher para sair sem que isso se
tornasse uma questão política foi algo que não me deixou
feliz. (...) O que eu valorizo
mais em meu casamento é
que ele é separado de boa parte da bobagem de Washington. E Michelle não é parte
dessa bobagem", disse.
(JANAINA LAGE)
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