São Paulo, sexta-feira, 30 de outubro de 2009

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Revista dos EUA retrata afeto, crises e rotina de Michelle e Barack Obama

DE NOVA YORK

O casamento de 17 anos do presidente dos EUA, Barack Obama, e da primeira-dama, Michelle Obama, foi dissecado em uma extensa reportagem na revista do "New York Times" desta semana. No país que consagrou a sigla PDA (demonstração pública de afeto, na sigla em inglês) para discutir o que são gestos aceitáveis na presença de outros, o casal Obama se tornou referência com os incontáveis apertos de mão, olhares e beijos em público.
Obama e a mulher falam do casamento, das dificuldades de adaptar o cotidiano aos rituais da Casa Branca e das inevitáveis crises em relacionamentos de longa duração. Mais do que segredos da rotina do casal, como o fato de Obama chamar Michelle de Flotus (sigla usada para a primeira-dama dos EUA), a reportagem mostra que Michelle está cada vez mais próxima da agenda política do marido, ao contrário do início da carreira, quando evitava aparecer em eventos de campanha.
Hoje o casal, segundo o "Times," mistura como nenhum outro romance e política, e Michelle é uma das principais vozes do governo em assuntos como a reforma da saúde.
Ao contrário do tradicional modelo de esposa perfeita de político, a primeira-dama afirma que todo casamento tem seus altos e baixos. Eles relatam que durante a campanha política de Obama, em que ele viajava e ela cuidava das crianças, enfrentaram uma forte crise.
Quando as redes de TV começaram a implicar mais com a suposta falta de patriotismo da mulher e seu temperamento forte, Obama chegou a se reunir com executivos da Fox para que ela fosse tratada com mais respeito.
Obama diz que, desde que assumiu a Casa Branca, a única vez em que ficou realmente irritado foi quando resolveu levar a mulher para jantar e assistir a um espetáculo em Nova York. "A noção de que não poderia levar minha mulher para sair sem que isso se tornasse uma questão política foi algo que não me deixou feliz. (...) O que eu valorizo mais em meu casamento é que ele é separado de boa parte da bobagem de Washington. E Michelle não é parte dessa bobagem", disse.
(JANAINA LAGE)


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