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Às vésperas de cúpula, duas Coreias trocam tiros
Tensão ocorre a 110 km da capital sul-coreana, sede de reunião do G20
Incidente, o primeiro em terra desde 2006, não faz feridos no lado sul-coreano; Pyongyang não comenta episódio
FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM
As Coreias do Sul e do Norte trocaram disparos ontem
na militarizada linha de fronteira entre os dois países, segundo informações da imprensa e de fontes oficiais
sul-coreanas. O motivo do incidente não foi esclarecido.
O enfrentamento ocorreu
na região de Hwacheon, 110
km a nordeste de Seul, que
sediará a cúpula do G20 nos
próximos dias 11 e 12 de novembro, com a presença do
presidente Luiz Inácio Lula
da Silva. O país está em seu
mais alto nível de alerta de
segurança.
Segundo a versão sul-coreana, soldados norte-coreanos dispararam duas vezes
na direção de uma estação de
vigilância do outro lado da
fronteira. Em resposta, houve três disparos.
Ninguém saiu ferido do lado sul-coreano. Pyongyang
não emitiu nenhuma informação sobre o incidente até o
fechamento desta edição.
O incidente ocorre na véspera de um encontro de reunificação de cerca de cem famílias separadas por causa
da Guerra da Coreia (1950-1953).
A reunião foi mantida e deve ocorrer hoje num hotel da
Coreia do Norte.
Com 4 km de largura, a
chamada Zona Desmilitarizada, onde houve a troca de
tiros, foi criada em 1953,
quando foi assinado um cessar-fogo, e se estende por toda a fronteira de aproximadamente 250 km. Trata-se de
uma das fronteiras mais militarizadas do mundo.
A troca de tiros de ontem
foi o primeiro incidente em
terra desde 2006.
Na fronteira marítima, porém, o naufrágio em março
do navio militar sul-coreano
Cheonan, que matou 46 marinheiros, provocou o momento mais tenso entre os
dois países nos últimos anos.
Seul acusa a Coreia do
Norte de ter torpedeado a
embarcação, mas Pyongyang nega.
No mês passado, no primeiro encontro bilateral em
dois anos, o governo comunista rejeitou a exigência de
desculpas por parte dos sul-coreanos.
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