São Paulo, domingo, 30 de outubro de 2011

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Data se baseia em dados nem sempre confiáveis

DO RIO

Para quem está curioso para saber qual será o bebê que amanhã fará a humanidade chegar aos 7 bilhões, um conselho: desista. A data de 31 de outubro é muito mais simbólica do que precisa. As estimativas da entidade são feitas a partir de dados dos censos de cada país. Mesmo em países ricos, estima-se que esses levantamentos deixem de contar até 3% da população.
Nas nações pobres, justamente as que mais puxam o crescimento, os censos, além de menos frequentes, tendem a ser ainda menos exatos. Para compensar, a ONU faz estimativas a partir de hipóteses sobre o comportamento da fecundidade e mortalidade, que podem se confirmar ou não no futuro, para mais ou para menos.
O bebê de número 7 bilhões, portanto, pode ter nascido ontem, no ano passado, ou nem foi concebido. Isso, no entanto, não tira a importância das projeções para analisar tendências de longo prazo. Ao estabelecer uma data, o que a ONU quis foi estimular o debate.


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