São Paulo, terça-feira, 30 de novembro de 2010

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Coreia do Sul cancela exercício militar

Atividades do Exército ocorreriam em ilha bombardeada pelos militares norte-coreanos na semana passada

Autoridade sul-coreana disse que cancelamento não tem relação com o vizinho, o que descarta recuo em estratégia

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Coreia do Sul cancelou um exercício dos seus militares na ilha de Yeonpyeong, a mesma que foi atacada pelo Exército norte-coreano.
A atividade estava prevista para ocorrer hoje. Os moradores receberam a recomendação de se protegerem em abrigos subterrâneos.
A Coreia do Norte, na semana passada, atacou a ilha, reduto de 1.350 civis, a maioria pescadores. Dois militares sul-coreanos e dois civis foram mortos. Outras 16 pessoas ficaram feridas.
Uma autoridade sul-coreana, sob condição de anonimato, disse à agência de notícias Associated Press que o cancelamento não teve relação com a Coreia do Norte.
O presidente Lee Myung-bak mandou seu primeiro recado para a nação desde os ataques norte-coreanos.
Ele se responsabilizou ao dizer que não foi capaz de proteger seus cidadãos. Lee também prometeu duras consequências para o caso de qualquer agressão futura.
"Se o Norte cometer alguma provocação contra o Sul, nós faremos questão de fazer com que pague um preço alto por isso", disse Lee. Detalhes não foram fornecidos pelo presidente sul-coreano.
Não houve também explicações sobre qual será a resposta da Coreia do Sul sobre o recente bombardeio.
As autoridades sul-coreanas estão sendo pressionadas a respeito de uma resposta adequada em relação ao último ataque do regime comunista dos norte-coreanos.
Ainda na semana passada, como forma de aliviar a pressão, o governo trocou seu ministro da Defesa, reforçou suas tropas em Yeonpyeong e outras quatro ilhas do mar Amarelo, além de mudanças em regras militares.
No domingo, a China convidou as duas Coreias para um encontro de emergência a fim de acalmar o ambiente na península Coreana.
Além da presença dos três países, Japão, EUA e Rússia teriam representantes no encontro, totalizando o chamado Grupo dos Seis. Mas o porta-voz da Coreia do Sul disse que "não é hora para discutir [um encontro multilateral]".

CENTRÍFUGAS
Nesta terça (horário local), a Coreia do Norte disse ter "milhares" de centrífugas de enriquecimento de urânio.
Há dez dias, veio à tona o relato de um especialista dos EUA sobre a existência de novas instalações nucleares no país. Pyongyang diz que as centrífugas têm fim pacífico.


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