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Hamas refuta plataforma do Fatah
DA REDAÇÃO
O grupo islâmico Hamas
consolidou-se como a
principal força de oposição ao Fatah graças a uma
plataforma que pretende
ser o exato oposto da agenda do grupo secular que
domina o cenário palestino há quatro décadas.
Enquanto o Fatah é a
abreviação em árabe para
Movimento de Libertação
Nacional Palestina, o Hamas é acrônimo de Movimento de Resistência Islâmica -a sigla também pode ser lida como uma palavra que significa zelo.
Misto de milícia, agremiação política e rede filantrópica, o Hamas rejeita o nacionalismo laico e
de inspiração progressista
do Fatah, que considera
uma organização infiel.
A organização islâmica é
contrária a concessões a
Israel e acusa o Fatah, considerado submisso ao Ocidente, de ter assinado
acordos de paz que nunca
foram cumpridos.
No plano interno, o Hamas se propõe a ser o partido da "ética", em contraposição à corrupção do Fatah -a vitória nas eleições
de 2006 é atribuída à imagem de honestidade.
Originado nos anos 60
sem o atual nome, o Hamas surgiu como entidade
assistencial bancada pelo
regime saudita e que visava os mais pobres de Gaza.
Nos anos 70, o grupo recebeu, por vias indiretas,
dinheiro israelense. A
idéia era que, ao fortalecer
o que se tornaria o Hamas,
Israel enfraqueceria a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), de
Iasser Arafat. Mas a organização religiosa tomou o
espaço da coalizão laica
quando Israel atacou a
OLP no Líbano, e sua direção fugiu para a Tunísia.
O Hamas surgiu em sua
forma atual em 1988,
quando publicou uma carta de fundação que previa
a destruição de Israel e a
instalação na Palestina de
uma teocracia islâmica.
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