São Paulo, terça-feira, 30 de dezembro de 2008

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Hamas refuta plataforma do Fatah

DA REDAÇÃO

O grupo islâmico Hamas consolidou-se como a principal força de oposição ao Fatah graças a uma plataforma que pretende ser o exato oposto da agenda do grupo secular que domina o cenário palestino há quatro décadas.
Enquanto o Fatah é a abreviação em árabe para Movimento de Libertação Nacional Palestina, o Hamas é acrônimo de Movimento de Resistência Islâmica -a sigla também pode ser lida como uma palavra que significa zelo.
Misto de milícia, agremiação política e rede filantrópica, o Hamas rejeita o nacionalismo laico e de inspiração progressista do Fatah, que considera uma organização infiel.
A organização islâmica é contrária a concessões a Israel e acusa o Fatah, considerado submisso ao Ocidente, de ter assinado acordos de paz que nunca foram cumpridos.
No plano interno, o Hamas se propõe a ser o partido da "ética", em contraposição à corrupção do Fatah -a vitória nas eleições de 2006 é atribuída à imagem de honestidade.
Originado nos anos 60 sem o atual nome, o Hamas surgiu como entidade assistencial bancada pelo regime saudita e que visava os mais pobres de Gaza.
Nos anos 70, o grupo recebeu, por vias indiretas, dinheiro israelense. A idéia era que, ao fortalecer o que se tornaria o Hamas, Israel enfraqueceria a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), de Iasser Arafat. Mas a organização religiosa tomou o espaço da coalizão laica quando Israel atacou a OLP no Líbano, e sua direção fugiu para a Tunísia.
O Hamas surgiu em sua forma atual em 1988, quando publicou uma carta de fundação que previa a destruição de Israel e a instalação na Palestina de uma teocracia islâmica.


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