DA REDAÇÃO

O grupo rebelde com origem em Uganda LRA (Exército da Resistência do Senhor, na sigla em inglês) matou 189 pessoas durante as festas de Natal na República Democrática do Congo, de acordo com a agência humanitária da ONU, a Ocha.
"O primeiro balanço é muito grave. Segundo autoridades locais, em 25 de dezembro os rebeldes mataram 40 pessoas na localidade de Faradje. Nos dias 26 e 27, atacaram a localidade de Doruma e o povoado de Gurba, matando 89 e 60 pessoas [respectivamente]." O informe também diz que 20 crianças e um número desconhecido de adultos estão desaparecidos e que 120 casas foram incendiadas pelos rebeldes.
O movimento rebelde rechaça as acusações e pede uma "investigação independente".
Segundo a missão da ONU no Congo, os rebeldes do LRA cometeram essas ações violentas em resposta a uma operação conjunta de Congo, Sudão e Uganda contra eles. A ofensiva começou em 14 de dezembro após o chefe do LRA, Joseph Kony, reiterar sua recusa em assinar um acordo de paz.
Dias depois de a ofensiva começar, o Conselho de Segurança da ONU apoiou a decisão dos países de combater o LRA, que já matou milhares de pessoas e desabrigou cerca de 2 milhões no norte de Uganda.
O chanceler do Congo, Alexis Thambe Mwamba, disse em Paris, na semana passada, que esperava estar "totalmente livre" dos rebeldes nos próximos dias. No entanto, apesar de ataques a bases de rebeldes, a ofensiva não conseguiu localizar Kony, um místico cujos rebeldes têm a reputação de seqüestrar mulheres e forçar crianças a lutar.